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28.2.02

Assunto: [forum_teatro] COLUNA DO XEXEO
Data: 27/02/2002 00:07:15 Hora padrão leste da Am. Sul
From: vivaldofranco
To: forum_teatro
O artigo abaixo foi escrito por mim em outubro de 2000. Enviei para este fórum e foi publicado em alguns tablóides alternativos na ocasião. Como agora o assunto volta à baila no artigo do global Xexeo, achei interessante reproduzi-lo mais uma vez para a discussão.

Abraços,

Vivaldo Franco.


COMO GANHAR DINHEIRO FAZENDO TEATRO (NO BRASIL)

Que o teatro está em crise e que não se ganha dinheiro fazendo teatro é o que todo aspirante ao palco aprende logo em sua primeira lição. Mas este quadro está mudando graças a uma fórmula mágica (ou será o jeitinho brasileiro?) surgida a partir da criação da Lei de Incentivo à Cultura - LEI ROUANET. Grosso modo a Lei funciona assim: o interessado em produzir um evento cultural, que pode ser um produtor, ator, companhia, etc. mas que aqui vou chamar genericamente de PRODUTOR, envia um projeto para o Ministério da Cultura pleiteando o enquadramento na Lei. O Ministério analisa e aprova ou não.

Aprovado o projeto, o PRODUTOR "corre" atrás do patrocinador. Conseguido o patrocínio, monta-se o espetáculo. (Vou me ater à área teatral que é o meu quintal) Ganham os dois lados: o primeiro porque garante trabalho a atores, técnicos, ceno-técnicos, artistas, artesãos e etc e ainda faz a festa dos donos de teatro; O segundo - o patrocinador - fica muitíssimo satisfeito porque tem seu nome ligado a um produto cultural de qualidade (nem sempre) e a um grande nome de repercussão nacional (leia-se televisivo, quase sempre) e mais satisfeito ainda porque o dinheiro "investido" na produção do espetáculo, além do marketing em torno do seu nome, voltará na forma de desconto sobre o imposto de renda devido por sua empresa. É um ótimo negócio.

Mas a Lei de Incentivo à Cultura produz distorções, ou melhor, possibilita distorções que em outro contexto poderia ser confundida - ou assemelhada - ao execrável tráfico de influências, acesso privilegiado de informações, etc. Vejamos um exemplo concreto e que aliás, foi o que me motivou a escrever este pequeno manifesto. Assistindo ao programa do Jô Soares no último dia 20/10/00, fiquei perplexo de como o consagrado ator José de Abreu descrevia sua aventura para conseguir patrocínio para a montagem da peça "A MULHER SEM PECADO" de Nelson Rodrigues. Perplexo fiquei não por desconhecer os bastidores da produção teatral que com os meus 22 anos de carreira tenho a pretensão de conhecer, mas por ter assistido, pela primeira vez, um relato tão claro, evidente e de forma tão cândida como foi relatado. Resumindo: o ator contava como quase não fora recebido pelo Dr. Pimenta da Veiga, Ministro das Comunicações do governo FH, pelo fato de ter sido confundido com um outro José de Abreu, este um político.

Enfim, desfeito o mau-entendido o ator foi muitíssimo bem recebido pelo Dr. Pimenta da Veiga que, ao saber do que se tratava, providenciou imediatamente uns contatos com os presidentes de algumas empresas públicas para que estas viabilizassem o patrocínio para o projeto. O resultado está aí: um excelente espetáculo patrocinado pela Caixa Econômica Federal, Eletrobrás, ECT(correios), Governo do Estado do Rio de Janeiro e Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Ufa! Palmas para o Dr. Pimenta da Veiga! Este, é claro, não é o único exemplo e se aqui foi citado é por ser, talvez, o mais recente.

Dando uma rápida olhada no Diário Oficial, especificamente na relação de projetos aprovados pelo Ministério da Cultura, fica-se imaginando quantos destes terão, digamos, a sorte de serem recebidos pelo Dr. Pimenta da Veiga ou por qualquer outro político influente. Na verdade, menos de 10% dos projetos aprovados nos últimos 10 anos chegaram efetivamente aos palcos. Motivo: falta de patrocínio. É claro que dentro deste universo existem também aqueles que conseguem patrocínio sem a "influência" de Brasília; Mas destes, 95% têm, ainda assim, um nome "global" encabeçando o elenco.

Um outro aspecto da aplicação da Lei e que me parece bastante ineficaz e nebuloso é em relação à contra-partida. Explico: já vimos que dois lados se beneficiam da Lei, o produtor e o patrocinador. Mas e o terceiro vértice deste triângulo, o público? Já ouvi algumas autoridades competentes dizendo que o público ganha a oportunidade de ver bons espetáculos (?), que a Lei possibilita que textos considerados "não-comerciais" possam ser montados (Hum.... você se lembra de algum?), que a Lei democratiza o acesso do público ao teatro (HUM...!!!) Mas que público é esse? O mesmo que já ia ao teatro antes da Lei e que pode pagar R$ 20,00, R$ 30,00, R$ 40,00, por um ingresso! É fácil comprovar. Houve um aumento significativo no número de espectadores de teatro desde que a Lei foi aprovada? Não, não houve. Já ouvi também outras autoridades competentes dizendo que ingressos mais baratos é uma decisão da produção do espetáculo, que o governo não pode intervir... Mas como? O dinheiro "doado" pelo patrocinador não vem da renúncia fiscal e é o mesmo dinheiro que (teoricamente) seria empregado, via imposto, na educação, saúde, saneamento (Oh, utopia!). Se é dinheiro de imposto, é dinheiro público! Tem que ter contra-partida sim! E qual é a contra-partida que nós temos?

Vejamos: há uns três ou quatro anos atrás a atriz Vera Fisher produziu a peça "GATA EM TETO DE ZINCO QUENTE" de Tenneessee Williams, com patrocínio da EMBRATEL (empresa pública = dinheiro público), apresentada no Teatro Villa-Lobos (Teatro público mantido com dinheiro público) cobrando um ingresso no valor de quarenta reais!!! O ingresso mais caro de toda a temporada carioca e patrocinado integralmente com dinheiro público! Na época, fui informado pela diretora de teatros da FUNARJ (responsável pelo Teatro Villa Lobos) de que a contra-partida da produção vinha na forma de ingressos grátis para instituições de caridade embora, na ocasião, ela não tenha lembrado do nome de nenhumas destas instituições e nem o número exato de ingressos grátis que eram distribuídos.

Mas os exemplos são muitos. Novamente a peça "A MULHER SEM PECADO": patrocínio público, teatro público (Teatro Nelson Rodrigues, mantido pela Caixa Econômica Federal). Ingresso: R$20,00 !! Contra-partida? Promoção com ingressos populares (somente na primeira semana) a R$10,00. E desde quando dez reais é ingresso popular?! Outra: peça "QUEM TEM MEDO DE WIRGINIA WOOLF?". Patrocínio público (EMBRATEL), teatro público (João Caetano, FUNARJ). Ingresso: R$ 25,00 e R$ 30,00!!!! Os exemplos são muitos nos últimos 10 anos. Dezenas. Quiçá, centenas.

Deixo aqui uma sugestão: os diretores dos teatros públicos das Zonas Norte e Oste do Rio e também os da Baixada Fluminense adorariam oferecer temporadas (realmente) populares para suas comunidades... Devo avisar que não tenho medo da acusação de pieguice ou demagogia pois sou nascido e criado na Zona Oeste do Rio onde dediquei oito anos de teatro amador e pelo menos há quinze anos tenho apresentado todos os meus espetáculos em quase todos os bairros da periferia do Rio (e sem patrocínio!).

Enfim, a Lei está aí. (Muito) melhor com ela do que sem ela. O que proponho é uma ampla discussão de todos os setores envolvidos e que gire em torno de dois pontos básicos: o aperfeiçoamento da Lei de forma a torná-la mais eficaz, justa e democrática, corrigindo possíveis imperfeições e evitando distorções e uma auto avaliação da classe teatral carioca, em todos os sentidos: ético, profissional, de qualidade, de honestidade, de solidariedade, de profundo sentimento artístico que é o que realmente deveria nortear o trabalho de todo artista.

Sei que este assunto é um tabu dentro da própria classe teatral porque ninguém quer jogar pedra numa lei que foi feita para beneficiar a cultura, ainda mais quando existem interesses muito bem satisfeitos e acomodados com a atual situação. Sei também que é difícil abrir mão de privilégios... Mas isto não nos deve impedir de questionar e procurar transformar as coisas, mesmo ferindo suscetibilidades. Afinal, não é esta a grande meta de todo artista, a transformação? De minha parte, estou aberto ao diálogo e pronto para dar a minha contribuição.

Ah, sim. Já ia me esquecendo da fórmula para ganhar dinheiro com o teatro. Vamos lá: primeiro você tem que estudar muito, ler muito, tudo o que cair em suas mãos, ver muito teatro, principalmente bons espetáculos como os que eu citei aí em cima. Ensaiar muitas madrugadas; ter a sorte de, aí sim, fazer uma novelinha aqui outra lá e aos poucos você vai se tornando bem conhecido... então, depois de 30 anos de ralação....(...) Bom, seja qual for o caminho que você escolher, você tem que se tornar famoso, muito famoso. Depois é fácil! Basta um vôo para Brasília e um encontro com um político influente, às vezes, alguns telefonemas bastam, e o patrocínio está garantido. O teatro é mais fácil ainda (tem de ser público, FUNARJ, FUNARTE ou os da prefeitura, porque sobra mais dinheiro, não se esqueça!). Político carioca é bem provinciano e se baba todo quando fala com artista famoso. Conseguido o patrocínio e o teatro você está pronto para ganhar dinheiro, muito dinheiro! Boa sorte!

Vivaldo Franco - Ator, Diretor e Produtor de Teatro
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FORUM VIRTUAL DE TEATRO BRASILEIRO
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PS. Em outubro do ano passado, quando foi escrito este texto, estava em cartaz no Teatro Museu da República, a peça O PRÊÇO de OSCAR WILDE, com direção e produção do autor.






Ainda ecos da coluna do Xexéo no Forum Virtual de Teatro Brasileiro

Maria Teresa Amaral, diretora, produtora, figurinista e autora de O PENHOR DESTA IGUALDADE, e uma das fundadoras e criadoras da Casa de Cultura Margarida Rey.

Nós, lá na Casa de Cultura Margarida Rey, fomos parcamente patrocinados,
pela primeira vez este ano.
Nossos ingressos, mais caros - inteira - custam hipotéticamente 15,00.
Hipoteticamente porque a maioria é promoção de 5,00 e até de 1,00. Nosso
último espetáculo foi ensaiado 5 meses, com atores que recebiam, não o
necessário para viver, infelizmente, mas recebiam. (...) E agora
ainda estamos devendo, como muitíssimos daqui do Rio, por razões que são
públicas e notórias. Envergonhados, embora a vergonha não seja nossa. (...)

Canso de ver gente procurando vaga lá no teatro, com carros novinhos ( vendi o meu velho por causa deste último espetáculo ) e depois pagando meia. Canso de ver gente, que podia não ser "convidado", entrando de graça - e a gente ainda fica feliz de ver o teatro cheio. Porque foi um sucesso nosso último espetáculo. Verdade que o teatro é
pequeno, mas teve dias de mandar gente embora. E sem associação de
espectadores, nem divulgação. E durava 3 horas! E teve gente que viu 6,5,4,3
vezes! Gente, muita gente, que nos dizia obrigada antes de sair. E estamos
falidos.

Mas voltemos aos ingressos: a maioria das pessoas que vai a maioria dos teatros paga menos que no cinema. Que se dê meio ingresso, ingresso de graça, mas que sejamos compensados por
isso e sem esperar meses pelo recebimento incerto. E que o público saiba que
aquele ingresso gratuito custa, por exemplo 30,00 ou 40,00 reais, porque
cinema de shopping custa 12,00. No teatro, temos gente, de carne e osso,
todo dia trabalhando, criando. Cada dia é um espetáculo diferente: "hand
made", donde mais caro.

Nos outros paises que conheço o teatro é caro. E quando é um pouco mais
barato é sustentado pelo governo a tempo e a hora. Se tivessemos melhores condições de trabalho, um maior número de espetáculos
seria melhor ensaiado, melhor produzido, com melhores e mais instigantes
textos. E tenho certeza que o público voltaria a ter o encanto de ir ao
teatro. Parece que na cidade de S. Paulo as condições profissionais são mais
esperançosas. Aqui, para a maioria de nós profissionais ( sem dinheiro, por
exemplo, para pagar boas aulas de corpo, dicção e canto, necessárias, quase
ininterruptamente, ao bom exercício da profissão de ator, ou para comprar
livros ) estamos longe da luz no fim do túnel. Mais perto do último que sair
apaque a luz.
Quando é que vamos dizer basta?
Maria Teresa Amaral

EDVARD VASCONCELLOS, ator da nova geração -- também sociologo, e é dele aquela sugestão da pesquisa do perfil do espectador, que eu comento no outro post -- numa réplica aqui com outro forense.

Subject: Re: Globo de Domingo - Coluna do Xexeo


É assustador as produções raclamarem de terem que dar desconto para
estudante ou idoso. Como você bem diz, uma ida ao teatro, não é só o custo do
ingresso. Normalmente é um casal que vai, mais ônibus, metrô, ou taxi, ou
gasolina mesmo, mais estacionamento, lanche ou o jantar, depois.

Sou da nova geração, mal sabia o que era teatro quinze anos atrás, mas
muito me preocupa tal situação, pois sempre se transmite uma idéia de que não há como voltar atrás e recuperar esse poder de fogo da profissão. E aí ficamos
numa encruzilhada, em que temos de um lado a poderosa Rede Globo, com seus muitos papéis para serem preenchidos pelos seus mais do que estranhos
critérios de seleção, e do outro, uma expectativa de quase mendicância, porque ao que parece, mesmo quando se tem patrocinado um espetáculo, o ator,
é em geral, o que menos ganha. O que se vê normalmente são investimentos
maçiços em grandes cenários, figurinos, equipe técnica, divulgação e os
atores ganhando salários pequenos levando, quase sempre, levando meses
para receber.

Será que ainda é possível fazer uma curva no tempo e retomar esse caminho
de quando os teatros dependiam do seu público e o público não os deixava na
mão? Hoje em dia conseguir levantar um produção já é motivo de festa...Ninguém mais consegue permanecer em espaço algum para fazer um
repertório, no entanto tem que ensaiar meses sem nada receber. E o profissional, como fica? Como se atualiza, como evolui tecnicamente sem recursos para aulas, cursos, etc.

Além disso, é justo os teatros públicos serem ocupados pelas grandes
produções, com os grandes atores e diretores? Não é abusivo o aluguel de um
teatro particular? É possível haver um denominador comum? Dúvidas, dúvidas,
dúvidas...

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FORUM VIRTUAL DE TEATRO BRASILEIRO
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ISIS BAIÃO, premiada autora teatral, autora entre outros textos de "As chupetas do Senhor Refém", antologica montagem com direção do João das Neves.

É isso aí, Maria Teresa. E tem gente que chega e fica por alí zanzando até que você apareça para dar um convite. E você dá, por puro constrangimento de dizer não. Os amigos deviam colaborar (pagando preço de classe ou meia entrada) e não onerar mais ainda. Acho que devíamos fechar a questão no seguinte: fora o(s) espetáculo(s) para convidados, convites durante a temporada só dentro de uma cota restrita. Vamos resgatar aquela famosa frase da Cacilda Becker, que é mais ou menos assim: Não me peçam de graça a única mercadoria que tenho para vender (é assim mesmo? Por favor, quem souber, me corrija). Vamos afixar a frase na bilheteria.

Só acrescentando um dado ao que você diz abaixo: com carros novinhos, sim, e quando saem do teatro, onde descolaram convites, vão jantar em restaurante caro e encaram tranquilamente uma conta tipo 50 paus por cabeça.
Abraços a todos,
Isis Baião










A deixa do Xexéo

O assunto do momento no Forum de Teatro -- lista de discussão da classe teatral pela Internet, com mais de setecentos participantes de todo o Brasil -- é a coluna do Artur Xexéo "Cartas Marcadas" (já citada aqui neste blog), abordando o patrocínio teatral. Os fazedores de teatro de todas as tendências e procedências estão se manifestando sobre o assunto, com direito a réplicas e tréplicas, virando palanque de um animado debate. Nomes respeitados e admirados no meio com depoimentos pessoais, os mais contundentes, estão dando sua contribuição para o enriquecimento deste debate.

E aproveitando a deixa do Xexéo, os atores da nova geração, subiram no palanque, mostrando a sua cara, e falando das dificuldades do jovem em comêço de carreira, muito mal pagos, até trabalhando em espetáculos muito bem patrocinados. E nessa linha, rolou o comovente depoimento de um jovem ator que entre outras, mandou esta: "cansei de pagar para fazer teatro".

Ainda da ala jovem, a proposta de um ator que é também sociologo, sugerindo à SBAT uma pesquisa de campo com o perfil do espectador teatral. Ele se dispõe a formar uma equipe de especialistas nesse tipo de pesquisa. O resultado dessa pesquisa iria ajudar na formulação de uma politica para o teatro experimental, ou seja aqueles fora dos padrões dos patrocínios.

Enfim, a roda tá animada ... e eu, maravilhada com os benefícios das conquistas tecnologicas da modernidade, quando penso que a deixa para este oportuno e conveniente debate, foi um e-mail enviado para o forum no domingo: " Queridos : Leram o Xexeo hoje no Globo. Disse tudo o que eu acho ! Abraços Joaquim Vicente". Simples assim.

27.2.02

Este blog tá na mídia. Depois da Folha de São Paulo, agora no Caderno de Informática de "O Globo" na coluna do Luiz Antonio Gravatá, em "Trechos de blog que mais se destacaram esta semana".
E não é que a coluna do Gravatá dá o maior IBOPE. Pessoas que nem sabiam que eu tinha um blog, e outros conhecidos, amigos e ex-amigos vieram comentar a notícia, e até reclamar de só saberem do fato pela coluna. Adorei. Alguns desses até sabiam, mas nunca dera a menor para o meu blog.

26.2.02

Projeto "Teatro Francês Contemporâneo" traz artistas francêses em espetáculos e oficinas até março de 2003

A partir do próximo mês e até março de 2003, estão previstas a apresentação de
cinco espetáculos e a realização de pelo menos 11 oficinas de dramaturgia,
interpretação ou direção, todas com artistas que ganharam destaque nos
últimos anos no teatro francês. O evento é uma iniciativa da AFAA (Associação Francêsa de Ação Artística), e coordenada pelo serviço cultural do Consulado Geral da França, em São Paulo, com o apoio do SESC e o Teatro Alfa, também em São Paulo. Além de São Paulo, os eventos chegarão ao Rio de Janeiro, Curitiba, Londrina, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Segundo o adido cultural do consulado francês em São Paulo, Jacques Peigné,
"existe, de uma maneira geral, a vontade de acentuar o intercâmbio artístico
entre a França e o Brasil nos próximos anos. Trata-se de uma das muitas atividades que antecedem a realização de um grande evento previsto para 2005, na França, e que terá o Brasil como tema principal".

TEATRO MAISON DE FRANCE REABRE COM DRAMATURGO FRANCÊS

Ainda segundo Jacques Peigné, "no mês que vem, os atores Paulo Autran e Cecil Thiré contracenam no espetáculo "Variações Enigmáticas", de Eric-Emmanuel Schmitt, dramaturgo que despontou na França no início da década passada.
A montagem com Autran tem estréia prevista para o dia 28, dentro da
programação de reabertura do teatro Maison de France, no centro do Rio de
Janeiro, edifício fechado há 17 anos".































Oficina com o Teatro de Anônimo

De 9 a 23 de março, no Espaço 1 da FUNDIÇÃO PROGRESSO, oportunidade única (vagas limitadas) para encontrar em contato com o método de um dos mais importantes grupos circenses do País. Não bastasse isso, eles são os criadores e organizadores do maior festival internacional de circo, Anjos do Picadeiro, que em dezembro deste ano vai para a sua quarta edição. Com a palavra os "Anônimo":
-- O Teatro de Anônimo entende que A Arte do Palhaço está antes
de tudo, ligada à exposição das fragilidades, das limitações e da estupidez
humanas. Por isso, busca, em seus exercícios, colocar situações em que o ator se mostre indefeso expondo seu ridículo às pessoas, onde eliminar o ego e as
máscaras socialmente estabelecidas se torna fundamental. Aliada a essa "malhação afetiva" está a técnica- elemento fundamental do Riso.

Continuando o processo temos a O Ator no Picadeiro onde o
foco central é o ator e sua relação sincera e aberta com o espectador, através
de exercícios como o jongo, as técnicas de circo e o exercício do picadeiro.
Buscando com o ator um estado de representação extra-cotidiana que permita
saltar sobre o mero virtuosismo técnico e atingir um estado humano, sincero e
generoso com o espectador.

LOCAL: Fundição Progresso- Espaço 1
LIMITE DE VAGAS : 15 participantes
Informações e inscrições: 38527022/ 98812932 com Ivana
/Chris
@xé

24.2.02

Cartas marcadas é o título da coluna do XEXÉO, hoje em O Globo. Falou por toda uma galera que é excluida desses patrocínios todos. Tudo a ver. Mandou beleza.

22.2.02

Curso do Felipe Martins

Na próxima segunda-feira, dia 25, noEspaço Cultural Lugar Comum à rua Alvaro Ramos, 408, em Botafogo, entre as 17 hs. e 19,30 hs., começam as inscrições para a participação no CURSO DE TEATRO E PREPARAÇÃO PARA A TV, ministrado pelo ator FELIPE MARTINS, que vai estar lá para receber e conversar com as pessoas interessadas.

O Curso de Teatro e Preparação para a TV, terá início no dia 10 de março, com a duração de quatro mêses, carga horária de 68 hs, uma vez por semana, quatro horas aulas por dia, sempre aos domingos das 14 às 18 hs, no Espaço Cultural Lugar Comum, em Botafogo.

Entre os status do curso, é autorizado pelo SATED, e o certificado de conclusão do curso válido para o registro artístico e para fins de requerimento profissional, agenciamento de atores, indicação para testes, etc... e tem muito mais coisa... a experiência profissional de alguém que conhece o seu métier e construiu uma carreira séria, consequente e inteligente, tendo muito o que repassar dos seus conhecimentos aos alunos deste curso.

FELIPE MARTINS iniciou a sua trajetoria profissional no teatro, passando pelo Tablado, Grupo Tapa e a Escola Prática do Damião, indo depois para a televisão e cinema, conquistando várias premiações, entre elas, nos primórdios de sua carreira (acho que foi sua estréia como ator) o Prêmio MEC Troféu Mambembe/83 como REVELAÇÃO DE ATOR, em Os 12 Trabalhos de Hércules, antologica montagem infanto-juvenil dirigida pelo saudoso Carlos Wilson (o Damião), formador dos melhores atores de toda uma geração. E em 1985, ganhou outro Mambembe , desta vez o de MELHOR ATOR no espetáculo Beto e Teca, concorrendo com outros feras da sua geração, o Claudinho Baltar (falo dele aqui) e o Luiz Carlos Tourinho. E, chega...

"Enquanto isso, leio o "O Ator Invisível" do Yoshi Oida, cuido do meu quintal, ouço música..." Pois é, Felipe, isto se chama " cuidar bem do seu "cavalo", como dizia o nosso inesquecível Rubens Corrêa", e muito bem lembrado por você.


Maiores informações sobre o curso com a Michelle no tel. 2610-3674 e 9802-0569, ou o Marcelo no tel 9995-0313, ou também no dia da inscrição, pessoalmente com o Felipe Martins, lá na Rua Alvaro Ramos 408, em Botafogo.

Em tempo: Para quem não sabe o Lugar Comum fica ali quasi ao lado do estudio da TV Bandeirantes. Fácil de achar. Vindo pela Rua da Passagem, em Botafogo, é só dobrar á direita no final dessa rua, e vai dar na Alvaro Ramos. E o Espaço Cultural Lugar Comum fica quasi no final da rua, numa bela casa antiga. Este espaço vem se firmando como um local de referência de qualidade nos eventos ali apresentados.


21.2.02

E o Prêmio MEC-Troféu Mambembe, nenhum sinal de sua recuperação. Você sabia quem foi indicado para Melhor Cenógrafo em 1985, estreiando como cenógrafo num espetáculo para crianças? Alguém lembra quem levou o Mambembe/86 na categoria de Melhor Autor? A resposta tá aqui no Artimanhas.

16.2.02

No dia 15 de fevereiro de 1922, na abertura da Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo, há exatos 80 anos e um dia, o escritor maranhense José Pereira de Graça Aranha, subiu ao palco para ler o texto-manifesto de sua autoria, " A emoção estética na arte moderna", detonando todas numa brilhante defesa da galera modernista. Tudo a ver. Mandou beleza.

Thanks especiais ao diretor Mariozinho Telles que divulgou o texto, por e-mail, alertando os fazedores de arte diante da oportunidade para um debate "neste texto, encontram-se muitos conceitos determinantes do fazer artístico e que merecem especial atenção"


A EMOÇÃO ESTÉTICA NA ARTE MODERNA

Para muitos de vós a curiosa e sugestiva exposição que gloriosamente inauguramos hoje é uma aglomeração de " horrores". Aquele Gênio supliciado, aquele homem amarelo, aquele carnaval alucinante, aquela paisagem invertida se não são jogos da fantasia de artistas zombeteiros, são seguramente desvairadas interpretações da natureza e da vida. Não está terminado o vosso espanto. Outros "horrores" vos esperam. Daqui a pouco, juntando-se a esta coleção de disparates, uma música extravagante, mas transcendente, virão revoltar aqueles que reagem movidos pelas forças do Passado. Para estes retardatários a arte ainda é o Belo. (...)

Nenhum preconceito é mais perturbador à concepção da arte que o da Beleza. Os que imaginam o belo abstrato são sugestionados por convenções forjadoras de entidades e conceitos estéticos sobre os quais não pode haver uma noção exata e definitiva. Cada um que se interrogue a si mesmo e responda que é a beleza? Onde repousa o critério infalível do belo? A arte é independente deste preconceito. É outra maravilha que não é a beleza. É a realização da nossa integração no cosmos pelas emoções derivadas dos nossos sentidos, vagos e indefiníveis sentimentos que nos vêm das formas, dos sons, das cores, dos tatos, dos sabores e nos levam à unidade suprema com o Todo Universal. Por ela sentimos o Universo, que a ciência decompõe e nos faz somente conhecer pelos seus fenômenos. Por que uma forma, uma linha, um som, uma cor nos comovem, nos exaltam e transportam ao universal? Eis o mistério da arte, insolúvel em todos os tempos, porque a arte é eterna e o homem é por excelência o animal artista. O sentimento religioso pode ser transmudado, mas o senso estético permanece inextinguível, como o Amor, seu irmão imortal. (...)

E eis chegado o grande enigma que é o de precisar as origens da sensibilidade na arte moderna. Este supremo movimento artístico se caracteriza pelo mais livre e fecundo subjetivismo. É uma resultante do extremado individualismo que vem vindo na vaga do tempo há quase dois séculos até se espraiar em nossa época, de que é feição avassaladora.(...)

Desde Rousseau o indivíduo é a base da estrutura social. (..)O individualismo freme na revolução francesa e mais tarde no romantismo e na revolução social de 1848, mas a sua libertação não é definitiva. Esta só veio quando o darwinismo triunfante desencadeou o espírito humano das suas pretendidas origens divinas e revelou o fundo da natureza e as suas tramas inexoráveis. O subjetivismo mais livre e desencantado germinou em tudo.(...) É toda a magia interior do espírito que se traduz na poesia, na música e nas artes plásticas. Cada um se julga livre de revelar a natureza segundo o próprio sentimento libertado. Cada um é livre de criar e manifestar o seu sonho, a sua fantasia íntima desencadeada de toda a regra, de toda a sanção. (...) O gênio se manifestará livremente, e esta independência é uma magnífica fatalidade e contra ela não prevalecerão as academias, as escolas, as arbitrárias regras do nefando bom gosto, e do infecundo bom-senso.

Destes, libertados da tristeza, do lirismo e do formalismo, temos aqui uma plêiade. Basta que um deles cante, será uma poesia estranha, nova, alada e que se faz música para ser mis poesia. De dois deles, nesta promissora noite, ouvireis as derradeiras 'imaginações'. Um é GUILHERME DE ALMEIDA, o poeta de ' Messidor", cujo lirismo se distila sutil e fresco de uma longínqua e vaga nostalgia de amor, de sonho e de esperança, e que, sorrindo, se evola da longa e doce tristeza para nos dar nas Canções Gregas a magia de uma poesia mais livre do que a Arte. O outro é o meu RONALD DE CARVALHO, o poeta da epopéia da 'Luz Gloriosa' em que todo o dinamismo brasileiro se manifesta em uma fantasia de cores, de sons e de formas vivas e ardentes, maravilhoso jogo de sol que se torna poesia! (...) A remodelação estética do Brasil, iniciada na música de VILLA-LOBOS, na escultura de BRECHERET, na pintura de DI CAVALCANTIi, ANITA MALFATI, VICENTE DO REGO MONTEIRO, ZINA AITA, e na jovem e ousada poesia, será a libertação da arte dos perigos que a ameaçam do inoportuno arcadismo, do academismo e do priovincialismo. (...)

Ignoro como justificar a função social da Academia. O que se pode afirmar para condená-la é que ela suscita o estilo acadêmico, constrange a livre inspiração, refreia o jovem e árdego talento que deixa de ser independente para se vazar no molde da Academia. (...) Ah! Se os novos escritores não pensassem na Academia, se eles por sua vez a matassem em suas almas, que descortino imenso para o magnífico surto do gênio, enfim liberto de mais esse terror. Esse 'academismo' não é só dominante na literatura. Também se estende às artes plásticas e à música. Por ele tudo o que a nossa vida oferece de enorme, de esplêndido, de imortal, se torna medíocre e triste.
(...)
Da libertação do nosso espírito sairá a arte vitoriosa. E os primeiros anúncios da nossa esperança são os que oferecemos aqui à vossa curiosidade. São estas pinturas extravagantes, estas esculturas absurdas, esta música alucinada, esta poesia aérea e desarticulada. Maravilhosa aurora!
(...)
O que hoje fixamos não é a renascença de uma arte que não existe. É o próprio comovente nascimento da arte no Brasil, e, como não temos felizmente a pérfida sombra do passado para matar a germinação, tudo promete uma admirável 'florada' artística. E, libertos de todas as restrições, realizaremos na arte o Universo. A vida será, enfim, vivida na sua profunda realidade estética. O próprio Amor é uma função da arte, porque realiza a unidade integral do Todo infinito pela magia das formas do ser amado. No universalismo da arte estão a sua força e a sua eternidade.(..). Que a arte seja fiel a si mesma, renuncie ao particular e faça cessar por instantes a dolorosa tragédia do espírito humano desvairado no grande exílio da separação do Todo, e nos transporte pelos sentimentos vagos das formas, das cores, dos sons, dos tatos e dos sabores à nossa gloriosa fusão no Universo.

(Conferência com que GRAÇA ARANHA inaugurou a Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, em 15 de fevereiro de 1922. - "Espírito Moderno". São Paulo, Cia. Gráfica Editora Monteiro Lobato. 1925.)
"Vanguarda Européia e Modernismo Brasileiro" Gilberto Mendonça Telles. Rio, Ed. Vozes. 1973.

Em tempo: fiz uma compliação do texto original (o recebido lá do Forum de Teatro), mas ressaltei o essencial. Sorry, não teve outro jeito.


















Drummond: um homem por detrás dos óculos

estreiou hoje no Julieta Café, na Casa da Gávea, com direção de ANTONIO GUEDES (diretor e fundador do Teatro do Pequeno Gesto, e por si uma garantia de qualidade para este trabalho) "Drummond: um homem por trás dos óculos". E tem também que destacar a Casa da Gávea, sempre uma referencia de bons espetáculos. E uma atração a mais deste espetáculo: o público é brindado com uma legitima cachaça mineira e concorre a um livro.
O espetáculo tem o roteiro de MARCOS FRANÇA, desvendando temas explorados pelo poeta Carlos Drummond de Andrade, como a memória, a solidão, o desejo e o amor. França escolheu também poemas que mostram uma face pouco conhecida do poeta: a pornográfica. Com MARCOS FRANÇA e JOANA LEBREIRO, também assistente de direção do Antonio Guedes.
Casa da Gávea (Julieta Café) - Pça. Santos Dumont, ll6 Tel. 2239-3511
De sexta a domingo, às 21 hs. Preço: 10 reais. Até 17 de março.
A luta secreta de Maria da Encarnação

texto inédito do sempre engajado GIANFRANCESCO GUARNIERI, que estréia hoje às 19 hs - de gratis, ensaio aberto para o público, até domingo, no TEATRO CARLOS GOMES, na Praça Tiradentes. A peça que vem de uma temporada em São Paulo, fica em cartaz aqui sòmente sete (7) dias, até quinta-feira, dia 21.

Este espetáculo traz de volta o dramaturgo, 42 anos depois da estréia de "Eles não usam black-tie" -- peça que revolucionou a dramaturgia brasileira no final dos anos 50, tão engajado quanto antes, usando o tema da batalha da identidade da mulher, na luta para assegurar os seus direitos e sua participação politica na sociedade. Guarnieri, convidou o jovem diretor carioca MARCUS VINICIUS FAUSTINI para dirigir esta sua nova peça, após ver o que ele fez com a montagem de "Black-tie", há um ano atrás, aqui no Rio, segundo declarou aqui.

Para encenar este musical feminista, ( termo rejeitado pelo autor de "Botequim", "Um grito parado no ar", "Arena conta Tiradentes", entre outras peças marcantes da década de 60 e 70, e pelo diretor Faustini ), contando a trajetoria de "Maria da Encarnação", foram produzidos 160 figurinos, e mais 30 músicos da Orquestra Jovem Tom Jobim do Estado de São Paulo, executam a trilha ao vivo especialmente composta para a peça por Renato Teixeira (imortalizado na voz de Elis Regina em "Sou caipira, pira pora"), um coral de 34 vozes, os cenários têm fotos de Sebastião Salgado e reprodução de obras de Dali. Encabeçando o elenco de 30 atores, SUELY FRANCO no papel-título, EWERTON DE CASTRO, ENIO GONÇALVES, CHICO MARTINS, entre outros.

Teatro Carlos Gomes - Praça Tiradentes, s.n. Tel. 2232-8701
De sexta a domingo às 19 hs. grátis - ensaio aberto para o público.
Segunda-feira - estréia para convidados às 21,30hs.
De terça a quinta-feira às 19 hs. - 10 reais.

Atenção Galera! Corram todos para garantir o seu ingresso, porque um espetáculo com estas qualidades todas -- do autor, ao elenco e a produção ,etc & tal -- e acessível a todos os bolsos, seria inviável se não fossem os patrocínios do Instituto Takano de Projetos (produtores, atenção para esse nome) que é o responsável pela realização do espetáculo (bancou geral) em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e mais o patrocínio da Petrobrás.


A outra estréia de hoje: "De Getúlio a Getúlio: a história de um mito

também na Praça Tiradentes, no Teatro João Caetano, outro musical, escrito pelo SERGIO BRITO e CLOVIS LEVI, "De Getúlio a Getúlio: a história de um mito". O autor é também diretor e ator do espetáculo que não se limita a contar a vida de Getúlio Vargas, mas aborda os problemas de uma companhia teatral que precisa estreiar uma peça sobre Getulio, a toque de caixa. Realidade e ficção acabam se misturando, como diz aqui.No elenco, OSMAR PRADO, DILL COSTA, SAMIR MURAD, JALUSA BARCELLOS, entre outros.
Teatro João Caetano - Praça Tiradentes s/n. Tel. 2221-1223
De quinta a sábado às 20hs. e domingos às 19 hs.
Preços: 10 reais às quintas, sextas e domingos, e 15 reais aos sábados.

14.2.02

ENCONTRO MUNDIAL DAS ARTES CÊNICAS EM BELÔ

Com a participação de onze países e tendo como tema centralA Discussão
das Artes Cênicas sob o Olhar Oriente-Ocidente
, o Encontro Mundial das
Artes Cênicas - ECUM 2002 será realizado em Belo Horizonte entre os dias
01 e 10 de março, no Centro de Cultura Nansen Araujo/Teatro Sesiminas.

Nesta terceira edição, o evento terá representantes do Brasil, França,
Honduras, Índia, Indonésia, Irã, Itália, Japão, Rússia, Sri Lanka e
Taiwan. A programação inclui oficinas, fórum de debates com palestras,
conferências e mesas-redondas, encontro paralelo de representantes de
escolas de artes cênicas, espetáculos e exposições.

Um dos destaques do ECUM 2002, é ARIANNE MNOUCHKINE, a criadora e diretora do Théâtre du Soleil, de Paris, que congrega atores de várias nacionalidades, e uma trajetoria brilhante, marcando definitivamente a história do teatro ocidental. No dia 9, no sábado, ao lado da primeira atriz do Soleil, a brasileira Juliana Carneiro da Cunha (premiada por sua atuação no filme "Lavoura Arcaica") vai dar uma conferencia em forma de debate com o público, e um presente a mais para a platéia previlegiada, o filme de Éric Darmon sobre os ensaios do "Tartufo", antologico espetáculo do Soleil.

Dos destaques nacionais, a presença no debate do dia 7, da Mestra ANGEL VIANNA, palestrando "Trajetória: formação em movimento", com direito às performances ilustrativas dos ótimos bailarinos e professores lá da Escola, a Maria Alice Poppe e o Alexandre Franco.

Ainda nos destaques nacionais, vale ressaltar a QUASAR CIA. DE DANÇA, de Goiânia, dirigida pelo ótimo Henrique Rodovalho, dançando na estréia do evento, "Coreografia para ouvir", e a Cia. Luna Lunera, de Belô, com o espetáculo "Perdoa-me por me traires".

Exposição de fotos, figurinos e objetos cênicos na mostra Trajetoria de um sonho, contando a história de um dos mais importantes grupos de teatro do Brasil, o mineiríssimo GRUPO GALPÃO, e 26 anos construindo uma utopia, é a vez dos bailarinos do GRUPO CORPO, mostrarem com quantas utopias construiram uma brilhante carreira internacional.

Corram para fazer as suas inscrições para as oficinas e os debates através do site www.ecum.com.br
Coloquei um link lá no início do texto, mas não sei até quando vai funcionar.
































7.2.02

Dácio Lima

Este blog cumpre o triste e doloroso dever de comunicar o brutal assassinato no Rio de Janeiro, ( em circunstancias ainda não esclarecidas ) do diretor teatral DÁCIO LIMA --"O Baile", " As Máscaras", "Cláun ! Palhaços Mudos", etc. e um dos introdutores no Brasil, das técnicas de jogo com máscaras e clowns, diretor e criador da Companhia do Gesto.

A Missa de Sétimo Dia, será amanhã, dia 7, às 11hs, à Rua da Alfâdega n. 54 - Irmandade Mãe Homens - quasi esquina da Av. Rio Branco.

3.2.02

Você conhece Bem no fundo, o poema do Paulo Leminski ? Está postado aqui neste blog.
A autora deste blog sente-se muito honrada e distinguida pela publicação na íntegra na revista,INTERPALCO, do comentário crítico feito aqui sobre o espetáculo da Maria Teresa Amaral, "O penhor desta igualdade".