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12.3.02

Diretora do Théatre du Soleil pede "fogo da infância" no teatro.
Reportagem do competente VALMIR SANTOS (gosto muito do seu estilo e desconfio pela pertinência dos seus textos que ele é um ator também), enviado especial da Folha de São Paulo a Belo Horizonte.

Ele entrevista também a brasileira Juliana Carneiro da Cunha, primeira atriz do Théâtre du Soleil. Tive o privilégio de assistir "LA VILLE PARJURE ou Le Réveil des Érinyes" , de Hélène Cixous, a famosa historia do escândalo do sangue contaminado, em 94,durante o "Festival de Outono", em Paris. E eu lembro com muita emoção da comovente interpretação da Juliana no papel de uma Mãe (ela é maravilhosa!) e do belíssimo espetáculo que tinha oito horas de duração (podia assistir parceladamente ou inteiro).

Foi disparado o melhor espetáculo do Festival de Outono, ( tinha de Peter Stein, Bob Wilson, Regis Debray a Giorgio Corsetti - um jovem diretor italiano de muito sucesso na época - entre outros) e o mais belo e pleno espetáculo que eu tive a oportunida de assistir na minha vida (texto, direção ,atores, cenário -inesquecível- músicas. Eu choro até hoje quando ouço um trecho de uma ópera cantada pela Feodora Barbieri e que entrava em alguns momentos). Assistí três vezes. Sendo que a primeira assistí as oito horas, direto, e na segunda e terceira parceladamente, quatro horas em cada dia. E isso porque eu estava me dividindo para assistir outros espetáculos do festival. Não fora isso, teria assistido outras vezes.

Gosto muito daquela comida lá do Soleil, com verduras e muito temperinho verde, plantado por eles lá na horta do Soleil, uns pãezinhos e uma sopa , hum... servida nos intervalos das sessões pelos próprios atores e administradores, e a Ariane ajuda também. Bateu a maior saudade do Soleil, e de Paris... vou parar por aqui antes de cometer alguma impertinencia de assuntos. Noblesse oblige. Voilà.

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