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10.12.02

DECLARAÇÃO DO RISO DA TERRA

Quando os deuses se encontraram
E riram pela primeira vez,
Eles criaram os planetas, as águas,
o dia e a noite.
Quando riram pela segunda vez,
criaram as plantas, os bichos e os homens.
Quando gargalharam pela última vez,
eles criaram a alma.
(de um papiro egípcio)


Palhaços do mundo uni-vos!

Vivemos um momento em que a estupidez humana é nossa maior ameaça.

Palhaços não transformam o mundo, quiçá a si mesmos.

E nós, palhaços, tontos, bufões, que levamos a vida a mostrar toda essa estupidez, cansamos.

O palhaço é a expressão da alegria,
o palhaço é a expressão da vida no que ela tem de instigante, sensível, humana.
Alegria que o palhaço realiza a cada momento de sua ação,
contribuindo para estancar, por um momento que seja,
a dor no planeta Terra.

O palhaço é a única criatura no mundo que ri de sua própria derrota
e ao agir assim estanca o curso da violência.
OS PALHAÇOS AMPLIAM O RISO DA TERRA.

Por esse motivo, nós, palhaços do mundo, não podemos deixar de dizer
aos homens e mulheres do nosso tempo, de qualquer credo, de qualquer país:
CULTIVEMOS O RISO.

Cultivemos o riso contra as armas que destroem a vida.
O riso que resiste ao ódio, à fome e às injustiças do mundo.
Cultivemos o riso. Mas não um riso que discrime o outro pela sua cor,
religião, etnia, gostos e costumes.
CULTIVEMOS O RISO PARA CELEBRAR AS NOSSAS DIFERENÇAS.
Um riso que seja como a própria vida: múltiplo, diverso, generoso.
Enquanto rirmos estaremos em paz..


CARTA DA PARAÍBA - João Pessoa, 2 de dezembro de 2001

Declaração do Riso da Terra, documento gerado no Festival Mundial de Circo, realizado no ano passado em João Pessoa. O festival que reuniu palhaços de várias partes do planeta foi idealizado, produzido e dirigido pelo PALHAÇO XUXU (a sua benção, Mestre!) -- o ator e diretor Luiz Carlos Vasconcellos.

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