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28.11.04

TEATRO, SADDAN E O DOUTOR DAS FLORES

Clovis Levi, autor e diretor teatral brasileiro, residindo atualmente em Coimbra, participou como juri do l6o. Festival Internacional de Teatro Experimental do Cairo, (de 18 de setembro a 4 de outubro, deste ano) e gentilmente mandou esse relato para o Forum de Teatro, autorizando a publicação nos blogs de teatro dos colegas forenses.

Para os interessados em participar do CIFET: o festival é realizado pelo
Ministério da Cultura do Egito, sempre em setembro; os promotores se
responsabilizam por hotel e transporte dentro da cidade para grupos de
até 15 pessoas; as companhias pagam suas próprias passagens e o
transporte de cenário. Endereço para informações (em árabe, inglês ou
francês) Ministry of Culture, Cairo International Festival for
Experimental Theatre (CIFET),
Foreign Cultural Relations, 44, Misaha
str., Dokki, Cairo, telefones 3487703, 3485599, fax 3486715 e e-mail:
cifet@idsc.net.eg

O Brasil já esteve lá, em 1999, com o Tá na Rua "Men and Women" e, naquele ano, o festival contou, no júri, com a participação do ator-diretor Antonio Pedro. Em 2000, Caíque Botkay , como jurado, foi o representante brasileiro; e, em 2001, a Companhia de Plástico foi selecionada com a montagem de "Divertimentos in Bequardo".

O interessante relato continúa aqui no Artimanhas.
"Onde não se responde"-- Literatura Brasileira e Internet

27.11.04

PULSAR
Passando rapidinho aqui para um dica importante: hoje e amanhã ultimas apresentações da Pulsar Cia. de Dança no SESC Tijuca-Teatro II às 20 horas.

A Pulsar, dirigida pela coreografa Teresa Taquechel, é composta por bailarinos e atores com e sem deficiência, a Pulsar busca uma singularidade na diferença. A identidade de cada intérprete é fonte de criação, um estimulo ao olhar em relação à multiplicidade do individuo.

A companhia representou o Brasil este ano no Very Special Art, em Washington-USA, com grande sucesso de público e de crítica.


Uma cena de "Pulsar", e em primeiro plano a bailarina Andréia Chiesorin.

20.11.04

SAMWAAD - rua do encontro

Meninos, eu vi. Ontem, fui ao SESC Tijuca, aqui no Rio, para ver o espetáculo do bailarino e coreógrafo Ivaldo Bertazzo, Samwaad - rua do encontro, criado com mais cincoenta adolescentes de sete ONGs paulistanas, resultado do Projeto Dança Comunidade. Durante dezeseis mêses, esses jovens tiveram aulas de dança, canto, capoeira, etc. e o espetáculo é a prova final desses estudos.

Samwaad, palavra de origem indiana que significa harmonia e dialogo, traduzindo a idéia do Bertazzo quando pensou em unir a cultura oriental e ocidental. O maestro indiano Madhup Mudgal, foi o responsável pela trilha sonora e direção musical com a colaboração de sambistas brasileiros, ritmistas e percussionistas e de um mestre-sala, Paulo Roberto Hilário Matias que arrasa nos seus volteios, tendo como partenaire a bailarina convidada, a indiana Sawani Mudgal. Os dois são responsáveis por um dos melhores momentos do espetáculo.

O samba indiano do crioulo cabeça

Com todo o respeito e a admiração pela trajetoria artística do Ivaldo Bertazzo,em quasi três décadas de uma carreira profícua e talentosa, tendo criado espetáculos antologicos como Mãe Gentil e a Dança da Maré, quando criou o Corpo de Dança da Favela da Maré, e, também pelo seu respeitabilíssimo trabalho como terapeuta corporal, criador da Escola de Reeducação do Movimento em São Paulo, sendo o responsável pela vinda ao Brasil de Madame Béziers, a maior autoridade mundial em organização motora. Por toda essas contribuições à arte e a cultura do nosso País, o atual trabalho ficou aquém das suas outras realizações.

Li uma matéria sobre o espetáculo na revista "OCAS", onde o Ivaldo dizia:
-- Quando falei em escola de samba e indianos, me falaram: você tá maluco!, mas deu certo. Porque exigiu-se do sambista, sentar, ficar em silêncio elaborando uma harmonia musical que era proposta. Então ele foi tratado como músico erudito e adorou ser tratado com respeito,com serenidade.

Para mim, essa fusão Brasil-India, não rendeu o que o Bertazzo esperava. O decantado maestro indiano privilegiou o fundo musical com sons de musicas indianas e a música e o ritmo brasileiro do espetáculo sairam prejudicados. Ficou aquele som monocórdio de mantras, cítaras que cansaram os meus preciosos ouvidos.

E em alguns momentos, o espetáculo é muito cansativo. O espetáculo tem momentos belíssimos, os jovens bailarinos dão um show de uso corporal, de qualidade e sincronismo de movimentos, e receberam vários aplausos em cena aberta. Mas são momentos isolados, por que o todo não me agradou. O público aplaude com entusiasmo ao final do espetáculo.

Recomendo com reservas. O espetáculo merece uma ida ao Teatro do SESC na Tijuca. E também pelo fato de que é uma falha no nosso curriculo cultural não assistir um espetáculo do Ivaldo Bertazzo. Precisa ver, até para falar mal dele. Não se acanhe.
Esse final de semana os ingressos estão esgotados, mas hoje e amanhã as bilheterias do SESC-Tijuca estarão vendendo ingressos antecipados para a próxima semana.





Ivaldo Bertazzo e seus alunos nos ensaios de "Samwaad".
Reparem na qualidade da sua expressão corporal. Um mestre.


19.11.04

Um querido Pepê

Outro espetáculo que eu preciso ver urgentemente é SOPPA DE LETRA, em cartaz no Teatro do Leblon, e rever uma pessoa muito querida, e, com a qual tive o privilégio conviver no ínício de sua carreira: o ator PEDRO PAULO RANGEL.
Anos 1970, em cartaz no Teatro Princêsa Isabel, o musical paulista Castro Alves pede passagem, com texto e direção de Gianfrancesco Guarnieri, produção de Othon Bastos e Martha Overbeck, e esta escriba como promoter e divulgadora da temporada aqui no Rio. No elenco, tinha o belo do Antonio Fagundes que fazia o amigo do poeta que era interpretado pelo Zanoni Ferrite (saudosa memória), e o Pedro Paulo Rangel, um jovem ator que gostava também de cantar nas horas vagas.

Depois do espetáculo, ou de algum ensaio extra, elenco e técnicos se dispersavam, e o Pepê pegava o microfone, tomava conta do palco, e atacava de Beatle's, tendo esta escriba, de platéia, aplaudindo embevecida. Adorava essa performance do Pepê, e tanto que é a imagem que eu guardei dele, dessa época.
Nossas vidas continuaram percorrendo seus caminhos, e nunca mais nos vimos. O teatro tem dessas coisas, a gente convive intensamente um determinado tempo, e depois nunca mais se vê. Hoje, o Pedro Paulo Rangel, é um ator respeitado, premiadíssimo, tendo o seu talento reconhecido no teatro, cinema e televisão. Ele está arrasando geral nos "Aspones".

E agora ao invés de cantar, ele recita no palco as letras do repertorio de jóias da nossa MPB, em Soppa de Letra, dirigido pelo Naum Alves deSouza e com músicas especialmente compostas pelo Maestro Radamés Ignatali. Esse trio por si, confirma a excelência de qualidade desse espetáculo. Merece uma ida ao Teatro do Leblon.

Vizinho blogueiro
Num domingo de agosto deste ano, a coluna do Xexéu, entregava a novidade: o Pepê tinha um blog falando sobre a montagem de uma peça. Corrí lá, e pude constatar um blog muito bem feito, e um Pedro Paulo Marques Rangel desenvolto, como se fora um veterano blogueiro, e postando não só da montagem da peça, mas os fatos do seu cotidiano de artista.

Continuei visitando o querido vizinho blogueiro, e tinha vontade de deixar um comentário, mas tinha medo de ser esnobada. Com o sucesso, a gente nunca sabe como anda a cabeça das pessoas. Um dia tomei coragem e me apresentei lá num comentário. E não é que ele veio aqui me visitar, gentil e educado, deixou de imediato um comentário aqui no blog. Fiquei muito contente e lisongeada com a sua visita. Muito querido. Pepê for ever!


Pedro Paulo Rangel no teatro, em "Soppa de Letra",
cartaz do Teatro Leblon.

18.11.04

Palhaço Cuti-Cuti, o Pregoeiro e o Márcio Libar do Anônimo

O título acima, é tudo uma coisa só, digo uma entidade só na pessoa do ator, do palhaço, do artista popular, um dos criadores do grupo Teatro de Anônimo, o Márcio Libar. E este post é pra dizer que eu preciso ir à Fundição Progresso para rever pela décima quinta vez (exagêros á parte, dá quasi isso, ou mais, pelas vezes que eu programei e não deu para ir), "O PREGOEIRO", espetáculo solo do Márcio Libar.

Quem não viu não sabe o que está perdendo, e quem viu volta sempre como esta que vos tecla -- humm... vos tecla! Ça va sens dire! O espetáculo já foi visto por mais de vinte mil pessoas em quasi todos os estados brasileiros, (aqui no blog tem posts a respeito de sua excursão pelo País) e acaba de prorrogar sua temporada, em novos dias e horários: sempre às sextas e sábados às 21 hs. até o dia 4 de dezembro. Fiquem espertos porque só tem mais três finais de semana.

Ah, e para quem chegar mais cedo, no Espaço do Teatro de Anônimo, tem um bar espertoO OriginalBar que abre as portas do teatro as 20 horas, com seus drinks maravilhosos, e aquele maneiríssimo caldo de feijão e petiscos no capricho. Se preferir continuar no ambiente para mais degustações, o OriginalBar também fica aberto após o espetáculo.
O PREGOEIRO Criação, atuação e direção: Márcio Libar. Libar usa sua experiência como artista de rua para mostrar a gênese de um palhaço. Fundição Progresso (Sala Teatro de Anônimo): Rua dos Arcos 24, Lapa ? 2524-2324. Sex e sáb, às 21h. R$ 15. 60 minutos. Até 4 de dezembro.

15.11.04

Sem tempo, para acompanhar a programação do Panorama de Dança/2004, selecionei alguns poucos espetáculos. Além de La Ribot, assistí mais dois trabalhos performáticos de meia hora cada, no Teatro Carlos Gomes:

Transobjeto
na criação e interpretação do mineiro WAGNER SCHWARTZ. Numa miscelânea cultural, onde mistura tendencias e referências -- de Helio Oiticica e Lygia Clark a Pina Bausch, abre o espetáculo tendo como único figurino um parangolé do Helio e em uma das mãos segura um dos objetos relacionais de Lygia Clark.

Segue-se um ritual onde ele faz suco de frutas esmagando com as mãos entre outras frutas tropicais, abacaxis melancias, e vai bebendo a gororoba resultante no melhor estilo bufão, em muitos copos e taças cuidadosamente dispostos no chão. Desfila ainda pelo palco em variadas performances de referência à Carmen Miranda, e ainda completamente nu, desce até a platéia para pedir um cigarro.

Consegue um doador sentado no meio da terceira fila, e vai até lá apanhar o cigarro na mão do doador, esgueirando-se entre o exíguo espaço das poltronas dessa fila, e quasi encostando a sua genitalia na cara dos atônitos espectadores sentados nesse trajeto. Volta ao palco, e senta de costas para a platéia em frente a uma sombrinha de praia, e nessa posição vai fumando lentamente o cigarro doado, e assim termina a performance.

Nesse trabalho, deve-se ressaltar a coragem e a audácia desse mineiro que colocou muito próximo quasi encostando na cara do espectador, a sua genitália desnuda. O trabalho não correspondeu ao tamanho da ousadia.

O samba do crioulo doido
Na mesma noite, ainda no Carlos Gomes, outro trabalho solo com concepção, direção, interpretação, cenário e iluminação do veterano artista LUIZ DE ABREU, onde a bandeira nacional é o cenário e figurino. Mais de mil daquelas bandeirinhas de festas patrióticas decoram o espaço cênico, e duas ou três delas em alguns momentos servem de figurino, numa contundente crítica à imagem do corpo negro brasileiro, mostrando os estereótipos criados através da história como a mulata-exportação, etc.

O veterano bailarino dança nu, calçando apenas umas botas de cano alto, e dá um show de competencia no uso corporal dentro dos objetivos propostos pela sua performance, com a segurança de quem conhece o seu "métier". Os efeitos de iluminação do início, quando abre o espetáculo e ele adentra o palco, é realçada sòmente a sua silhueta no escuro, lembra a figura de um índio, e o som e a sua movimentação compassada causam um forte impacto visual e auditivo.

Esse início prometia muito desse trabalho, mas depois caiu na obviedade, na minha avaliação, mas o público que lotava o Teatro C. Gomes, aplaudiu de pé no final. Com ou sem obviedades, é um trabalho sério e consequente.

A dança do bilau no samba do crioulo doido
Em todos esses longos anos de militância artístico-cultural, eu nunca tinha visto tantos malabarismos de genitália como nesses dois trabalhos. Especialmente, no trabalho do Luiz de Abreu, a performance com aquele órgão do corpo humano, vulgarmente chamado bilau, é inacreditável.

Ora faz movimentos giratorios como se fosse uma pá de ventilador rodando no meio das suas pernas, e, em outra cena, na interpretação do travesti, pega o dito cujo, e, numa habilidade manual respeitável, com movimentos rápidos e certeiros vai embutindo e embutindo -- e bota embutido nisso, até o documento revelador masculino desaparecer por completo. Um espanto.

13.11.04

Espontâneos, Live Art, La Ribot, Sebastião e os novidadeiros
Sem abordar questões conceituais do espetáculo de La Ribot, eu penso que entre a proposta e a realização há uma distância considerável. A linha de trabalho da artista que inclui passagens pela " Live Art " ( mistura de teatro, artes plásticas, vídeo, dança e outras formas expressivas), privilegiando a pesquisa, questionando os conceitos da dança, etecetera, tinha tudo para esta escriba aplaudir em cena aberta, mas saí frustrada. E, não direi mais nada, porque eu fiquei pdavida por não ter podido voltar para ver com outro público, outras reações, etc. tal...
No dia seguinte, às 15 hs. no Teatro Sergio Porto, quando fui ver "Os Novíssimos" ( a melhor coisa que eu ví do Panorama), fiz uma rápida enquete entre os bailarinos amigos e conhecidos que assistiram "40 espontâneos". E, quasi todos disseram que eu fiz uma leitura errada, que eu vacilei em não ter participado. E, entre estes, os mais novidadeiros, repetiam entusiasmados: "é Live Art! Live Art ". E todos deram a maior fôrça para eu voltar às 17 hs. para o Centro Coreografico.
Na saída, chovia a cantaros, e ainda tive que ir batalhar o conserto de um pneu do carro que estava totalmente arriado. Mas a sorte me sorriu, e descobrí um gentil Sebastião do posto de gasolina ao lado do Teatro Sergio Porto que trocou o pneu para mim. A estas alturas, sair do Humaitá e ir para a Tijuca, no Centro Coreografico, nem com asas para voar eu chegaria a tempo de assistir o espetáculo. Voilà. Qu'est ce qu'on va faire?

7.11.04

40 espontâneos
Selecionei alguns espetáculos entre os destaques nacionais e internacionais do PANORAMA DE DANÇA/2004. Só conseguí ver três espetáculos. Hoje ví o espetáculo da La Ribot -- bailarina e performer espanhola radicada em Londres, "Os 40 expontâneos", com a participação de 40 cariocas sem experiencia de palco que trabalharam numa oficina com ela e seus assistentes durante uma semana. La Ribot diz lá no programa:
"estou interessada no significado dos expontâneos na linguagem das touradas, um expontâneo é o que rouba a cena dos toureiros quebrando as regras do jôgo e adicionando uma overdose de perigo desnecessária para essa celebração. (...) me interessa a transgressão ... o questionamento do que é arte".

O espectador, descalço, adentra o salão de ensaios do Centro Coreografico, e os "espontaneos" já estão espalhados pelo espaço cênico se movimentando e rindo, mas rindo muito, sem parar, até o final do espetáculo. E como inexiste um texto, o espectador que se vire para descobrir o motivo das risadas -- estas nem sempre muito espontâneas. Como o elenco não tem experiência nehuma de palco, arrisco-me a concluir que a inexperiência dos intérpretes deveria estar servindo à proposta cênica da Maria Ribot. Detalhe: o espetáculo não tem trilha sonora, nem iluminação especial - branca o tempo todo, e só no final aquele efeito conhecido, isto é a diminuição de luz lenta e gradual.
Como cenário, várias cadeiras de madeira clara e algumas poltronas colocadas aleatoriamente pelo salão, e, ocupando o centro, uma montanha de panos coloridos. O público foi se acomodando no chão, nas laterais, no espaço em volta das paredes, e uns poucos, (entre esses saidinhos, esta escriba) se arriscaram a sentar nas cadeiras. Algum tempo depois fomos retirados dali, e as cadeiras foram empilhadas, depois desempilhadas e usadas nas suas funções de cadeiras pelos "espontaneos".
Uma atividade lúdica?
Os espontaneos intérpretes -- sempre rindo muito -- movimentam-se em vários tempos pelo espaço cênico, com muitas quedas e rolamentos. Podem não ter experiência de palco, mas na sua maioria, pela expressão corporal dá para ver que são estudantes de dança. Os panos de várias cores e texturas diferentes vão sendo retirados daquele montão, e enrolados em vários partes do corpo, da cabeça aos pés dos "expontâneos", formando um figurino dos mais estranhos. Alguns panos vão sendo estendidos no chão como tapetes.
Comentário entreouvido durante o espetáculo "ah, entendí agora... é uma atividade lúdica!"
Com tanto pano colorido pelo chão, com a movimentação dos interpretes pelo espaço, parecia que estavamos assistindo uma grande atividade ludica, e dava vontade de interagir com a cena, deitar e rolar -- literalmente -- naqueles tapetes coloridos.Mas ao mesmo tempo, dava para sentir que o trabalho tinha uma estrutura fechada. Não dava espaço para esse tipo de interferencia. Ou será que eu fiz uma leitura errada da cena?
Um espontaneo rouba a cena dos "40 espontâneos"
Um jovem bailarino que não fazia parte da encenação, conseguiu interagir e roubar a cena, quebrando as regras do jôgo. Ou não. Quando uma das interpretes deitou no chão próximo dele, ele começou a interagir contando piadas para a moça que continuava impassível, mas as pessoas próximas começaram a rir muito, chamando a atenção para aquela cena, e daí eu corrí para aquele lado, e boa partedo publico também. A "espontanea" levantou dali, a cena acabou e o espontâneo rapaz foi aplaudido entusiasticamente.
Como você prefere morrer?
A performance continúa na mesma agitação, com algumas paradas para os abraços entre dois ou mais intèrpretes, e para interagir com o espectador, em vários momentos, fazendo uma pergunta que se constituía na única fala do espetáculo:Como você prefere morrer ? Assassinado? Doente ou Naturalmente?
No final, grandes papelões envolvem as cadeiras e os intérpretes deitam em silêncio e permanecem nessa posição até o final. Pretendo assisstir novamente, amanhã, porque eu quero entender qual é a desse trabalho da La Ribot apresentada aqui como um dos destaques internacionais. Considero-me uma pessoa bem informada, mas não tinha a menor referência dessa artista. Peut-être... voilà.