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19.11.07

O Olhar que não vê diferenças, vê pessoas.

Reportagem á pagina 15 do jornal NA LUTA - Informativo para pessoas com deficiência, traz a Mestra Angel Vianna, professora e fundadora da faculdade que leva o seu nome, falando sobre sua trajetoria que a tornou referencia na dança e na formação de professores de recuperação motora. São entrevistadas ainda três professoras de recuperação motora formadas pela FAV.
Eu sou a de macacão verde na foto da matéria.
Esse é o primeiro numero do jornal que tem como patrono o músico HERBERT VIANNA. Nas páginas de 6 a 11, traz uma entrevista com o líder do Paralamas, falando da sua experiência e da sua luta.

15.11.07

Cena do filme de Rogerio Sganzerla, "O Signo do Caos". Daesquerda para a direita, Otávio Terceiro, Eduardo Cabús e Helena Inês.
Alquimias do afeto: a rosa lilas no meu camarim

Tenho um amigo muito especial, desses cavalheiros á moda antiga, um perfeito gentleman, pródigo em gentilezas às suas amigas. Esse raro espécime da raça, numa estréa teatral minha, ele compareceu levando de presente uma rosa plantada e cultivada por ele no jardim da sua casa em Botafogo. Mas não era uma rosa de cor comum - branca, vermelha, rosa ou amarela. Nada disso. A cor foi pesquisada, nessas alquimías loucas que só ele sabe fazer, criando uma rosa de cor lilas.

A rosa lilas enfeitando o meu camarim, foi um sucesso de público, tâo comentada quanto a peça representada em francês, MADAME BOVARY, de Gustave Flaubert do grupo Les Nouveaux Comediens de L'Orangerie, com a adaptacion et e mise en scene de Savas Karydakis, e da qual eu integrava o elenco, nos anos noventa, no Teatro da Aliança Francesa de Botafogo.

Por essas e outras, o meu amigo Eduardo Cabús é especial para mim. Além desse talento de alquimista e jardineiro, é um connaisseur da cozinha francesa, e, especialmente da cozinha baiana, sendo também um emérito cozinheiro. Os jantares chez-lui são memoráveis. Quem foi convidado uma vez para esses seletos ágapes, sai de lá implorando aos deuses para ser convidado novamente.

Afetos e Perceptos - Eduardo Cabús e O Rei da Voz

Diretor teatral, ator, professor com formação pela UFBaia, tendo estudado e morado na Europa nos anos setenta. Estudou teatro em Paris e Lion, em Roma na Academia Silvio D'Amico, em Madri, e em Nova Delhi estudou na Academia de Teatro e no Instituto Asiatico de Cultura e Teatro Oriental. Uma vez, na sua casa, ele me mostrou diplomas, certificados, cartazes e o escambau desses aprontos dele na Europa.

Trabalhamos juntos em várias ocasiões, inclusive no cinema, quando contracenamos no filme de Rogerio Sganzerla o O Signo do Caos, onde ele interpretou um dos personagens principais. No nosso métier, a gente convive algum tempo durante um determinado trabalho, vira quasi uma família, e depois cada um segue para outras cenas em outros palcos da vida, mas a amizade e o carinho quasi sempre permanecem.

Pois é, esse querido andava sumido da minha vida, há algum tempo. E eu não sabia o que ele andava aprontando. E, finalmente agora foi explicado o seu sumiço. Ele está ensaiando há vários mêses a peça musical Francisco Alves - O Rei da Voz, que estréia dia 7 de dezembro no TEATRO BIBI FERREIRA, do CENTRO CULTURAL EDUARDO CABÚS. Bien sûr.