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30.12.01

Os Melhores da Dança/2001, no Rio de Janeiro, na ótica do Jornal do Brasil

O Lago dos Cisnes
Tida como a mais expressiva companhia contemporânea em atividade, a holandesa Nederlands Dans Theater 1 desembarcou na cidade para interpretar três coreografias do mítico Jirí Kilyán num ano rico para a dança. O grupo sueco Cullberg, que apresentou no Municipal a (sub) versão de O lago dos cisnes, assinada por Mats Ek, foi outra atração da temporada, que teve também a tradicionalíssima companhia russa Kirov. Dani Lima marcou a cena com Digital brazuca e Vaidade e Márcia Milhazes emocionou com Joaquim Maria, inspirado em personagens de Machado de Assis. (Por Ana Cecilia Martins)
Cullberg (O lago dos cisnes) - A irreverência e a ironia do coreógrafo Mats Ek em sua melhor forma.

Nederlands Dans Theater 1 (várias coreografias) - A genialidade de Jirí Kilyán em corpos tecnicamente impecáveis.
Kirov (Manon e O corsário) - A Rússia mostrou mais uma vez que é mesmo a pátria das sapatilhas.

Dani Lima (Digital brazuca e Vaidade) - A consolidação da criatividade e o amadurecimento da trupe carioca.

Márcia Milhazes (Joaquim Maria) - Dança feita com palavras, movimento e poesia.

Caderno B - Jornal do Brasil
[28/12/01]
Os Melhores do Teatro, no Rio em 2001, segundo o JB

Numa temporada que registrou mais de 150 estréias, uma desmedida oferta para o volume de público (que permanece estável ao longo dos últimos anos), o teatro carioca jogou com a diversidade para alcançar essa platéia, senão arredia, pelo menos desconfiada. O besteirol Cócegas transformou-se em fenômeno de bilheteria, mas não chegou a marcar uma preferência pela comédia. Enquanto isso, os musicais continuaram a ocupar o panorama teatral com a competência técnica de bons elencos, roteiros bem estruturados e brilho de show.

O carrasco, com direção de Ana Teixeira - Toca na crueza do jogo da representação com elenco sensível.
O novo autor Caio de Andrade, de Os olhos verdes do ciúme - Surpreendeu o cenário teatral com peça sem ousadia, mas com extremo rigor de escrita.

Memória da água, com direção de Felipe Hirsch - Montagem autoral em que o diretor consolida sua poética da lembrança.
O musical South american way, escrito pela dupla Maria Carmem Barbosa e Miguel Falabella e dirigido por ele - Competência técnica e de elenco, bom roteiro e brilho de show.

O homem que viu o disco voador, direção de Aderbal Freire-Filho - Identidade cênica pessoal.
Os melhores de 2001

Caderno B - Jornal do Brasil
[28/DEZ/2001]

28.12.01

Navegando por aí aportei lá na revista digital B O R D E R O - um site de alunos de teatro e jornalismo da ECO da UFRJ. Eu aposto que se fores até lá, vais virar freguês, e não esqueça de levar um caderninho para anotar os links. Só pelos links já valeria uma visita.

24.12.01

Laura Hertz - uma palhaça americana

O Festival Riso da Terra, criação e organização do ator e diretor Luiz Carlos Vasconcelos - o PALHAÇO XUXU, levou a João Pessoa (Paraíba) grandes nomes do circo nacional e internacional, no final do mês passado. E no início deste mês, o Teatro de Anonimo, através de um de seus integrantes o Palhaço Cuti-Cuti -- o Marcio Libar ( Coordenador de Teatro de Rua e Circo, da RioArte, da Secretaria Municipal das Culturas da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Ufa! Tá direitinho Cuti, é assim mesmo que se escreve esses créditos?), trouxe alguns participantes desse festival, e apresentou aqui, em três dias, O RISO DA TERRA NO RIO.

O espetáculo do Anonimo que eu comentei aqui, TOMARA QUE NÃO CHOVA, apresentado nos Arcos da Lapa, fazia parte do Riso da Terra no Rio. Falei isso tudo para situar a palhaça Laura Hertz que veio ao Brasil para participar desse festival, e depois veio ao Rio para uma única apresentação, no terraço da Fundição Progresso. Laura, nasceu em Baltimore (E.U.A.), e nos últimos anos, fez apresentações em teatros, nas ruas, e em circos, passando por toda Europa, Russia, Israel e Japão, além dos Estados Unidos.

O que me levou a comentar --com um atraso deste tamanho, é porque eu sou defasada mesmo -- a performance da Palhaça Laura Hertz, não foi só pelas técnicas utilizadas, mas pela sua performance incomum. Eu nunca tinha visto nada parecido aqui, e nem em festivais internacionais. Aliás, são pouquíssimas as palhaças atuantes em trabalho solo aqui no Brasil, e no exterior. Durante quasi duas horas de espetáculo, e mal falando português, fazendo dessa dificuldade uma atração a mais na sua performance, quando ela pedia auxílio à platéia, ampliando a cumplicidade com o público que rolou durante todo o espetáculo.

Ousada, ela passeia entre as técnicas mais sofisticadas de atuação de clown, à mais comum, usando e abusando de todas as gags próprias dos palhaços tradicionais. Um figurino esperto, com um vestido enorme com enchimentos e calções, calças, meias por baixo, que ela vai tirando e acrescentando outros detalhes conforme a personagem que vai surgindo, e no final fica de maillot, mostrando o corpo perfeito da jovem palhaça, E a platéia aplaude em pé, inteiramente conquistada.

Para mim, Laura Hertz ampliou a reflexão sobre o jôgo do clown e o artista do século XXI. O artista que domina as técnicas do ator, do bailarino, do clown, que não se prende aos espaços convencionais, e vai para as ruas, para os picadeiros, para as feiras, as praças, jogando tudo ao mesmo tempo agora, ou que o Mestre Luiz Carlos Vasconcelos, o Palhaço Xuxu falou em uma oficina que eu participei no Anjos do Picadeiro 2, em São José do Rio Preto/SP O palhaço vive toda a sua vida num segundo. Não joga a rede. Joga com anzol. Não sei se era bem isso o que eu queria dizer, mas é quasi isso.

22.12.01

Yes, nós temos livro de visitas. Visite o guest book aqui ao lado, e deixe lá sua deixa. O "Comente" aqui ainda não está funcionando, mas vai funcionar breve. Quem viver, verá.
Esse link deu problema. Clica aqui novamente para chegar na INTERPALCO, senão linkou, tecla o endereço da revista http://www.interpalco.com.br Voilà.
Ailleurs...

Olha aqui uma revista de teatro da melhor qualidade, a INTERPALCO, com uma abrangência nacional, e um time de colaboradores da maior responsa, entre eles, a Ivana Leblon falando de Teatro Virtual, a Elza de Andrade, de Teatro Ocidental, e o Moncho Rodrigues, de Nordeste em Cena, e a arte e manhas do Fabiano Martins.

20.12.01

Dançando no silêncio

Estão abertas as incrições para o workshop de dança flamenca para surdos - os ritmos pela vibração - na Academia Ginga Brasil, à Rua do Catete n. 32, no próximo mês de janeiro, em dois finais de semanas, ministrado pelo coreografo e fonoaudiologo Yuri Alexandre, e pela especialista em surdos e pedagoga Eliete Marinho.

Os participantes deste workshop, durante os quatro dias, terão o seguinte roteiro de estudos:
história e evolução do som do flamenco; consciência do movimento; ritmos - percussão dos pés;
técnica da dança e introdução ao improviso.

Quem se inscrever até o dia 22 de dezembro paga vinte reais por dia, e até o dia 19 paga trinta reais.
Dias 19 e 26 de janeiro/2002, sabados, de 10 às l3 hs.
Dias 20 e 27 de janeiro/2002, domingos, de 10 às 12 hs.
Maiores informações no local, às segundas,terças e sextas, a partir das l9hs. ou pelo tel. 9818-6067, com Yuri.

17.12.01

Já que você veio até aqui, dá uma passadinha lá no Artimanhas - sassaricos da Sassah.
TEATRO DE ANONIMO - 15 anos dedicados ao teatro de rua, ao circo e à festa popular

De hoje até quinta, sempre às 17 hs. no Largo da Carioca, o maior fuzuê com os ótimos artistas do
Teatro de Anonimo, no espetáculo Brinquedo de Teatro Popular. Imperdivel.

Eu tive o grande prazer e a subida honra de assistir o grandioso espetáculo montado nos Arcos da Lapa, na semana passada, dentro do evento "Riso da Terra no Rio", o espetáculo decirco-teatro, Tomara que não chova. Um circo armado com arquibancadas, picadeiro e tudo o mais, ali em frente aos Arcos, de frente para o Voador.
Depois dos numeros circenses todos que eles também mandam bem nessa área, (adoro os numeros de trapézio da Regina e da Angelica), teve uma representação teatral nos moldes dos circos de antigamente, do tempo de Benjamin de Oliveira, o drama intitulado " O noivo defunto " -- um texto de circo da familia da Vic Militello, com direito a cenário de papelão e figurinos de época dos mais inspirados.
Gente, vocês precisavam ver a performance da Shirley, da Angelica, da Regina do Seu Flo (O João Carlos Artigos, de terno apertadinho e chapéu de palhinha, fazendo um galã de antigamente. Impagável). E eu junto com aquele povo que ria e aplaudia todas as estripulias, as mais óbvias,conclui é preciso ser muito bom, muito artista para fazer o que eles fazem.
Pena que foi um único dia, seria repetido mas choveu. A semana passada esteve no SESC Tijuca e deve voltar em outro. Confirmo aqui. Não percam.

16.12.01

Estou triste com a perda do sistema de Comente, perdí alguns comentários daqui. Este blog não tem sentido se não tiver interavidade. Please, usem o e-mail aí do lado, ou aqui. Mete bronca

14.12.01

O penhor desta igualdade

Fui assistir no domingo, o espetáculo da Maria Teresa Amaral, na Casa de Cultura Margarida Rey. Estupefactei de cara, e estupecfata ainda estou, com este que é disparado, um dos melhores espetáculos do ano. Por que artes e magias aquele exíguo espaço comportou tal magnitude de espetáculo, é a primeira das muitas surprêsas de "O penhor desta igualdade", um musical antenado com as linguagens contemporâneas, misturando teatro, dança, circo, mágica, revista musical e cabaré no melhor estilo anos 20.

Maria Teresa Amaral, mostra todas as suas manhas e artes na direção segura e inteligente do espetáculo, obra de quem conhece o seu métier, no texto competente e nos figurinos (a danadinha ainda dá um show de criatividade nos figurinos), A ambientação cênica é do Marcelo Marques que num achado de melhor aproveitamento do espaço cênico, colocou uma rede no teto, em cima da platéia, e não é para efeito decorativo do cenário --os atores ralam lá em cima, em complicados equilibrios circenses, e o próprio que sobe e desce escadas, corre pelo palco, se equilibrando com a maior competencia, num salto agulha de quasi vinte centimetros de altura. (Edwin Luisi não faria melhor em "Tango,bolero e chachacha").

O elenco, Eduarda Fadini (cantora e atriz de presença marcante), Fabio Quinet, Letícia Medella (canta Joan Baez como se fosse a própria, e Bob Dilan como Joan Baez cantaria), Maíra Capovilla (uso corporal competente), Marcelo Marques,Márcia Cabral, Marco André Temponi, Pedro Henrique Nunes, Rogério Freitas, Sebastião Lemos(deita e rola --literalmente também--num espetáculo que tem a sua cara) e o mágico Renner Avillis-- cantam, dançam, cambalhotam e representam, dando o seu recado com garra, e entrega raras. Destaque para a Marcia Cabral, uma voz belíssima e uma expressão corporal perfeita (tem um movimento de braços ao cantar que eu nunca tinha visto nada igual ou parecido), e além disso tudo, uma ótima atriz. Gente, de que planeta veio a Márcia Cabral?.

O texto é um balanço do século XX, sob a ótica da autora que faz parte de uma geração que viveu intensamente um determinado momento historico/politico do País. A ação se passa dentro de um cabaré, onde desfilam a Berlim dos anos 20, o nazismo, a guerra civil espanhola, a revolução dos cravos, João Candido mestre sala dos mares, subcomandante Marcos, Guevara, entre outros. Em texto, musicas, slides ou citações breves, estão lá todos os ícones do século que passou, numa pesquisa que a Maria Teresa vem realizando há alguns anos, até chegar à montagem deste espetáculo.

O espetáculo fica em cartaz às sextas e sábados às 21 hs. e domingo às 20hs., até Janeiro na CASA DE CULTURA MARGARIDA REY -- Travessa Cristiano Lacorte, 54 (entrada pela Rua Milguel Lemos, 51), em Copacabana. Tel. 2522-1603

10.12.01

Hoje tem palhaçada?

Só tem. Comemorando hoje o DIA DO PALHAÇO, a Sociedade Lítero-Dramática Gastão Tojeiro, sediada em Sampa, encerrou as suas atividades deste ano, e o término do Ciclo de Leituras de Textos de Circo-Teatro, com a leitura do texto Que mãe que eu arranjei, de A. Peres Filho e Julio Moreno, com direção do grupo PARLAPATÕES, PATIFES & PASPALHÕES.

A festa contou ainda com a participação especial dos palhaços paulistas, PICOLINO, FUSCA-FUSCA, PINÓIA, PICOLY, GALILEU, XUXU, PICOLINO, PICOLÉ, MOSQUITINHO, e mais os palhaços mirins, ORELHINHA, CARRAPATO e BIRIBINHA. A palhaçada toda aconteceu no Teatro Maria Della Costa, e de graça para quem quisesse assistir. Isto é Sampa, mandando beleza!

Aqui no Rio, nunca tivemos um ciclo de leituras de textos de circo-teatro. Pessoal do Anonimo, Alice Viveiros de Castro, Vic Militello e circences cariocas, vamos agitar um lance desses aqui? Dou a maior força!

9.12.01

Page not found é o constantonicoreta. E tome de Anonimo.
Hum... link com problemas clique aqui para Anjos do Picadeiro.
Clique aqui Palhaça Sassah.
Clique aqui para saber do Festival Anjos do Picadeiro 3, em dezembro do ano passado, realizado pelo Teatro de Anonimo. A Palhaça Sassah, entre outro sassaricos, teve o seu batismo artístico realizado nesse festival. Como é que foi? Não sabe quem é a Palhaça Sassah. Depois eu conto.

8.12.01

No circo se dança, se canta, se toca, se faz teatro e se equilibram todas as cadeiras... E não há um compromisso de "elevar a moral" de ninguém, e não há proposta de "educar as massas". O circo é diversão pura, é prazer. Acho que no início do terceiro milênio da era que começou com Cristo, estamos por fim descobrindo a importância do fundamental: ser felizes juntos. Neste mundo insano, que viva o circo, que só pretende formar uma grande e generosa roda em que gente se diverte junto. O circo é o inútil elevado ao sublime... Abre a roda! Assim falou ALICE VIVEIROS DE CASTRO - atriz, diretora e a maior autoridade em circo, no País. Trecho extraído da Revista Anjos do Picadeiro 3, lançada quarta-feira na Fundição Progresso.