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29.12.02



ANJOS DO PICADEIRO -- A CELEBRAÇÃO DO RISO E DA ARTE DO ENCONTRO

Anjos do Picadeiro é um Encontro Internacional de Palhaços que se realiza no Brasil a cada dois anos, um grande congresso de circo, teatro e comicidade popular que reúne centenas dos mais importantes artistas/cômicos e estudiosos provenientes das ruas, circos, universidades e cabarés de várias partes do Brasil e do mundo.

Acreditando na importância de um espaço para discussão das criações artísticas, realizamos o encontro pela primeira vez em 1996, no Rio de Janeiro, em iniciativa independente, para comemorar os dez anos de atividades do Teatro de Anônimo. Graças a participação de parceiros que o grupo cultivou ao longo de seus 10 anos de existência, criou-se assim, um espaço de reciclagem, intercâmbio, qualificação e requalificação profissional, investindo na construção de uma sociedade mais justa e solidária.

Em sua primeira edição, Anjos do Picadeiro, homenageou Benjamim de Oliveira, o 1º palhaço negro do mundo e, segundo algumas fontes, um dos ícones da artes cênicas no Brasil, criador do Circo-Teatro Brasileiro.
A grande estrela do encontro foi a generosidade, o desejo de artistas se reunirem para discutir e trocar experiências de seus diferentes processos de criação, realizar oficinas de aperfeiçoamento, apresentar seus espetáculos e confrontar idéias e metodologias.



Participantes

Parlapatões Patifes e Paspalhões (SP),
Grupo Lume (SP), Gabriel Guimard (SP),
Luís Carlos Vasconcelos (PB), Antônio Nóbrega (SP),
Irmãos Brothers (RJ), As Marias da Graça (RJ),
Cia. do Público (RJ), Trampolim (MG), Armatrux (MG),
Beti Rabetti (RJ), Alice Viveiros de Castro (RJ),
Santiago Galassi (Argentina) e Toto Fabris (Italia).







ANJOS DO PICADEIRO 2 -- O Oficio de Ser Palhaço


A segunda edição teve a oportunidade de verticalizar as discussões sobre a verdadeira arte do palhaço, o riso e as relações pertinentes ao fazer rir.

Espetáculos, oficinas e debates, tomaram as ruas, o SESC de São José do Rio Preto e o SESC Ipiranga, e tornaram essas cidades, por alguns dias, a capital do riso, proporcionando ao grande público, momentos singulares de alegria e poesia, dado o grau de excelência e dedicação que seus participantes conferem à sua arte.

A grande homenagem foi à uma memória viva: a família Nani Colombaioni - representantes da quinta geração Colombaioni cujas origens remontam a Commedia dell'Arte , e no encontro foram referência para as discussões sob o ofício de ser palhaço. Nani Colombaioni, parceiro de Federico Fellini nos filmes I Clowns, La Strada e Amacord foi uma das principais atrações do evento.

Como resultado final do encontro fizemos a Revista Anjos do Picadeiro 2 , mais uma vez com a preciosa parceria do SESC , onde artistas e intelectuais registraram suas reflexões e pensamentos em conjunto com uma belíssima memória visual de Celso Pereira. Outro surpreendente resultado foi o vídeo produzido pela TVE, com depoimentos e cenas dos espetáculos do "Anjos" que lá estiveram.













ANJOS DO PICADEIRO 3 -- O PALHAÇO E A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE MAIS ALEGRE, AFETIVA E GENEROSA


Na terceira edição do Anjos do Picadeiro tivemos como tema "o palhaço e a construção de uma sociedade mais alegre, afetiva e generosa ."


Como havia prometido aí está o primeiro da Revista Anjos 3, difícil foi escolher qual, modestia à parte, a revista está uma delícia de ler, de apreciar. Tá valendo ter na mão, no banheiro, no escritório, no consultório, no quarto , na sala e na cozinha. Porque além das maravilhosas fotos de Celso Pereira tem Chaco Vachi, Alice Viveiros de Castro, Verônica Tamaoki, Paulo Meríssio, Edmundo Pereira entre outros .

E o escolhido foi... A entrevista com Leo Bassi, MARAVILHOSA.

E é com grande satisfação e orgulho que os deixo saboreando esse pedacinho da REVISTA ANJOS DO PICADEIRO 3.

Shirley Britto



Aqui você encontra a Revista Anjos do Picadeiro 3

Livraria Mario de Andrade
R. da Imprensa, 16 - Térreo - Centro

Livraria Carlos Miranda
Av. Rio Branco, 179 - Centro

Cine Clube Estação Botafogo
R. Voluntários da Pátria, 88 - Botafogo

Espaço Unibanco
R. Voluntários da Pátria, 35 - Botafogo

Livraria Museu da República
R. do Catete, 153 - Catete

Centro Cultural Banco do Brasil
R. 1º de Março, 66 - Centro

























ANJOS DO PICADEIRO 4

Lançamento Anjos 2004 - Dias 17 e 18 de janeiro, o palhaço espanhol TORTEL POLTRONA, CIA. DO PÚBLICO E TEATRO DE ANÔNIMO estarão no Teatro Carlos Gomes, às 20h abrindo os serviços do ano novo e lançando o Encontro Internacional de Palhaços Anjos do Picadeiro


AGENDA 2003 -- TEATRO DE ANONIMO

17/01 e 18/01 às 20:00 hs. Lançamento Anjos do Picadeiro 2004
Teatro Carlos Gomes Anjos do Picadeiro

17/02 a 21/02
19:00 às 22,00
Oficina: O Ator no Picadeiro
Espaço 1 - Fundição Progresso - Rua dos Arcos, 24 - Lapa Ateliê de Comicidade

10/3 a 15/03
19,00 às 22,00 hs
Oficina: A Nobre Arte do Palhaço
Espaço 1 - Fundição Progresso - Rua dos Arcos, 24 - Lapa Ateliê de Comicidade
19/03 a23/03

19,00 às 22,00 hs.
Oficina: O Jogo do Bufão coordenação de Juliana Jardim
Espaço 1 - Fundição Progresso - Rua dos Arcos, 24 - Lapa Ateliê de Comicidade


07/04 a 15/04
19:00 às 22,00

Oficina: A Nobre Arte do Palhaço
Espaço 1 - Fundição Progresso - Rua dos Arcos, 24 - Lapa Ateliê de Comicidade

02/06 a 06/06
19,00 às 22:00
Oficina: A Nobre Arte do Palhaço
Espaço 1 - Fundição Progresso - Rua dos Arcos, 24 - Lapa Ateliê de Comicidade





10.12.02

DECLARAÇÃO DO RISO DA TERRA

Quando os deuses se encontraram
E riram pela primeira vez,
Eles criaram os planetas, as águas,
o dia e a noite.
Quando riram pela segunda vez,
criaram as plantas, os bichos e os homens.
Quando gargalharam pela última vez,
eles criaram a alma.
(de um papiro egípcio)


Palhaços do mundo uni-vos!

Vivemos um momento em que a estupidez humana é nossa maior ameaça.

Palhaços não transformam o mundo, quiçá a si mesmos.

E nós, palhaços, tontos, bufões, que levamos a vida a mostrar toda essa estupidez, cansamos.

O palhaço é a expressão da alegria,
o palhaço é a expressão da vida no que ela tem de instigante, sensível, humana.
Alegria que o palhaço realiza a cada momento de sua ação,
contribuindo para estancar, por um momento que seja,
a dor no planeta Terra.

O palhaço é a única criatura no mundo que ri de sua própria derrota
e ao agir assim estanca o curso da violência.
OS PALHAÇOS AMPLIAM O RISO DA TERRA.

Por esse motivo, nós, palhaços do mundo, não podemos deixar de dizer
aos homens e mulheres do nosso tempo, de qualquer credo, de qualquer país:
CULTIVEMOS O RISO.

Cultivemos o riso contra as armas que destroem a vida.
O riso que resiste ao ódio, à fome e às injustiças do mundo.
Cultivemos o riso. Mas não um riso que discrime o outro pela sua cor,
religião, etnia, gostos e costumes.
CULTIVEMOS O RISO PARA CELEBRAR AS NOSSAS DIFERENÇAS.
Um riso que seja como a própria vida: múltiplo, diverso, generoso.
Enquanto rirmos estaremos em paz..


CARTA DA PARAÍBA - João Pessoa, 2 de dezembro de 2001

Declaração do Riso da Terra, documento gerado no Festival Mundial de Circo, realizado no ano passado em João Pessoa. O festival que reuniu palhaços de várias partes do planeta foi idealizado, produzido e dirigido pelo PALHAÇO XUXU (a sua benção, Mestre!) -- o ator e diretor Luiz Carlos Vasconcellos.

4.12.02


NUCLEO DE PESQUISA DO ATOR --VIII ENCONTRO COM ESPETÁCULOS E OFICINAS

O Núcleo de Pesquisa do Ator é um projeto de extensão localizado na UNI-RIO (Rio de Janeiro) e que tem como objetivo realizar atividades que se debrucem tanto sobre o processo criativo do ator (o que é um ato criativo do ponto de vista do ator ?) quanto sobre a pedagogia teatral (qual o lugar do professor quando o que está em jogo é um 'processo criativo', sempre desconhecido, e não simplesmente um 'procedimento produtivo'?).

O projeto estará realizando diversas atividades gratuitas na semana de 9 a 12 de dezembro na Escola de Teatro - Av. Pasteur,436 - fundos - Urca

Participe e divulgue !!

Atividades do Nucleo de Pesquisa do Ator no
"VIII Encontro e V Feira de Extensao"


O9/l2 (segunda-feira)

Complexiótica Hermética, nível I
com Nadam Guerra

Espetáculo teatral criado na ação permanente "Cena de Ator", construído a partir da ênfase no trabalho do ator e orientado pela prof. Tatiana Motta Lima.
Às 20h, na Escola de Teatro, sala 3zero2


lO/l2 (terca-feira)

Tapetes Contadores de Histórias: Cenário da Memória Brasileira
coordenado por Carlos Eduardo Cinelli e Warley Goulart (Grupo Raconte-Tapis).

Palestra e contação de histórias com o Grupo RaconteTapis apresentando seu novo projeto de confecção de tapetes artesanais como suporte para a narração de histórias brasileiras.

Das 10:30 às 12h, no CCH - sala 314
35 vagas

Oficina de Contação de Histórias
coordenado por Andrea Pinheiro, Carlos Eduardo Cinelli e Warley Goulart (Grupo Raconte-Tapis).

O Grupo Raconte-Tapis aborda alguns dos princípios da narração de histórias a partir do seu material: os tapetes contadores de histórias.

Das 14 às 17h, na Escola de Teatro - sala 3zero2
18 vagas


Estudos de Concerto para Corpo e Alma: "Vestimenta Soslaio Sangue no Rectum de Poe"
com Marilene Vieira
Performance solo de caráter biográfico.
Às 20h, na Escola de Teatro - sala 3zero2
Esta atividade é realizada em parceria com a Cia Riscados do Mapa.

ll/l2 (quarta-feira)

Oficina Prática: O Corpo em Jogo
coordenada por Carlos Eduardo Cinelli (Teatro da Passagem).

O objetivo é trabalhar a consciência corporal, a percepção de tensões físicas, exercícios de respiração, relação espacial, improvisações coletivas e individuais.

Das 14 às 18h, na Escola de Teatro - sala 3zero2
15 vagas

Treinamento Físico do Ator/Bailarino
coordenado por Joana Levi (Pólo Sul Americano do Ator Contemporâneo).

Aula aberta onde se levará o participante a experimentar um treinamento que investiga as qualidades físico-dinâmicas do movimento e a relação entre corpo e imaginação.

Das 19 às 21:30h, na Escola de Teatro - sala 3zero2
15 vagas


Estudos de Concerto para Corpo e Alma: "Performance Solo - em processo"
com Sylvia Heller e "Los cuentos intimos de Casimira" com Rosana Reategui
Performances solo de caráter biográfico.
Às 20h, na Escola de Teatro - sala 3zero2
Esta atividade é realizada em parceria com a Cia Riscados do Mapa.

l2/l2 (quinta-feira)


Estudos de Concerto para Corpo e Alma: "Pequena Epifania 2"
com Carlos Eduardo Cinelli.

Performance solo de caráter biográfico.
Às 20h, na Escola de Teatro - sala 3zero2
Esta atividade é realizada em parceria com a Cia Riscados do Mapa.

l3/l2 (sexta-feira)

Roda de Histórias Indígenas
coordenação de Rute Casoy.

Serão realizadas atividades de corpo (relaxamento, respiração, integração do grupo, danças, ritmo); voz(cantos e sonoridades); mãos (desenhos, argila, instrumentos); e pensamento (poesias, histórias, leituras, reflexão, depoimentos e diálogos), a partir de lendas, mitos e histórias indígenas.

Das 16 às 18h, no Jardim do CLA
20 vagas

Obs. Recomendo sem reservas, esta oficina. Conheço de perto o trabalho da RUTE CASOY. Já fiz parte do grupo de estudos que originou esta oficina, no LISE (Laboratorio do Imaginário Social na Educação), na UFRJ.


Estudos de Concerto para Corpo e Alma: "Transformazol"
com Cristiane Moura

Performance solo de caráter biográfico.
Às 20h, na Escola de Teatro - sala 3zero2
Esta atividade é realizada em parceria com a Cia Riscados do Mapa.



Os eventos serão gratuitos. Distribuição de senha no local 15 minutos antes.

Coordenação: Prof. Tatiana Motta Lima
Bolsista: Helena Contente
Colaboradores: Aline Magioli e Bruno Perlatto
Contato: nucleodepesquisadoator@hotmail.com



3.12.02



"ENCANTERIAS" CELEBRAM O TERCEIRO ANIVERSÁRIO DO CONDOMINIO CULTURAL

O pesquisador Câmara Cascudo definia o termo encanterias como uma espécie de pajelança, cerimonial do ''pajé'' para alcançar fórmulas terapêuticas por meio de espíritos. E esse foi o nome escolhido pela organização do Condomínio Cultural para celebrar o terceiro aniversário de resistência do espaço que há algum tempo não recebe apoio nem recursos financeiros para manter sua programação. E quem sabe com a festa eles não chamam espíritos patrocinadores?

"Encanterias de dezembro" traz uma vasta programação cultural de hoje até 15 de dezembro, com produção de artistas independentes até espetáculos de artistas já consagrados como a coreógrafa Patrícia Noronha e o grupo Circo Branco, ambos de São Paulo.

Os destaques da programação ficam por conta do Grupo Hombu (com seu espetáculo infantil baseado em Cecília Meirelles), Gero Camilo (prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília pelo filme “Bicho-de-sete-cabeças”); o Teatro do Anônimo; Seresta Carioca; Fuzarca da Lira, a Cooperativa Abayomi (de bonecas negras); o centenário Jongo da Serrinha; a coreógrafa e bailarina Angel Viana; o Circo Branco (de São Paulo); e um convidado ilustre: Pedro Luis.

Mas o maior objetivo do evento é mostrar que com pouco dinheiro se consegue fazer espetáculos de qualidade.

- Queremos que as pessoas pensem: "Sem nenhum dinheiro, eles conseguiram fazer isso; o quanto eles não fariam com patrocínio?". São três anos trabalhando realmente por amor à arte, pagando do próprio bolso despesas que muitas vezes não podemos arcar. Temos muitas dívidas, sim, mas também muito gás para dar à cultura - desabafa a diretora e criadora da Grande Companhia Brasileira de Mysterios & Novidades, Ligia Veiga, uma das fundadoras do Condomínio Cultural.

Os ingressos custam R$ 5 e o Condomínio Cultural fica na Rua Luiz de Camões 2, Centro.
Programação:
Dia 1 - domingo

17h - "Ou isto ou aquilo": espetáculo infantil baseado na obra de Cecília Meireles, com o Grupo Hombu

20h - Show da banda de palhaços populares Fuzarca da Lira: " Nóis viemo aqui pra quê?"

Dia 2 - segunda-feira

14h às 18h - Oficina "Corpo no ritmo, ritmo no corpo" com Paula Nestorov e António Saraiva

20h - "Pois é, vizinha" (experimento teatral). Peça baseada na obra "Una donna sola" de Dario Fo e Franca Rame. Direção, adaptação e interpretação de Débora Finocchiaro (RS)

Dia 3 - terça-feira

14h às 16h - Oficina de percussão com Virginia Barbosa

20h - "De dentro", peça teatral com manipulação de bonecos. Com Astrid Toledo e Alexandre Boccanera.

21h - Leitura da peça de José Agripino "Rito do amor selvagem" com direção de Julio Braga

Dia 4 - quarta-feira

14h - Oficina "Corpo-Improvisação", com Denise Stutz

18h - No Largo de São Francisco, show de música com o grupo Hapax (percussão afro-industrial e música eletrônica).

20h - Fragmento da peça "Deste meio todo o teu ser" com o Grupo Panapanam (SP)

Dia 5 - quinta-feira

14h às 17h - Oficina "Corpo e criação" com Patrícia Noronha (SP)

18h - No Largo de São Francisco: "O artista ideal", performance de Bruno Lima

20h - "Inscrito", espetáculo de dança contemporânea baseada em escrito de Jorge Luiz Borges. Com Angel Vianna, Alexandre Franco e Ana Vitória

Dia 6 - sexta-feira

19h - Fado da Machadinha

20h - Show de lançamento do CD "Ponto sem nó" de Lucina

Dia 7 - sabado

17h - "Dom Quixote", peça com a Cia. Corpo na Contramão

20h - Seresta Carioca: show de choros, samba-canções, clássicos da MPB

Dia 8 - domingo

18h - Lançamento da ONG Transformarte com a apresentação da peça teatral "Marculino chega ao purgatório", com o grupo Grapaar.

Dia 9 - segunda-feira

14h às 17h - Oficina "O corpo dá voz" com Marília Fellipe e Alba Lírio

20h - "Balacubaco" - Música e poesia com Daniel Gonzaga, Chacal, Pedro Rocha, Vitor Paiva, Jhales Coutinho, Tavinho Teixeira, Guilherme Levi, Cabaré Pé Sujo, Botika, Alex Hamburger, Cabelo, Dado, Eber, Yeda, Tarso, Tavinho Pais e o grupo Carne de Segunda

Dia 10 - terça-feira

14h - Oficina de balé-afro com Menina G'leu ( Ilhéus-Bahia)

18h - No Largo de São Francisco - "Navelouca", espetáculo de rua com a Grande Companhia Brasileira de Mysterios & Novidades (fotos)

19h30m - "Rio Abierto no Rio", oficina com Maria Adela Palcos (psicóloga argentina e diretora do Instituto Rio Abierto, em Buenos Aires)

Dia 11 - quarta-feira

14h - Oficina "Corpos instáveis" com João Saldanha

20h - Programa duplo, com dois espetáculos de dança: "Qual é a música", com Paula Águas, e "Um estudo", com Márcia Rubin

21h - Show de Pedro Luis

Dia 12 - quinta-feira

14h - Oficina de balé-afro com Menina G'leu ( Ilhéus-Bahia)

20h - "Procissão", espetáculo premiado do ator Gero Camilo (SP)

Dia 13 - sexta-feira

18h - No Largo de São Francisco - "O pregoeiro", com Marcio Libar (Palhaço Cuti-Cuti), do Teatro do Anônimo.

20h - Espetáculo "Povo de rua", com Marise Nogueira e Flavia Reis

Dia 14 - sabado

17h - "As Velhinhas de Santa Teresa". Espetáculo infantil apresentado por Emmanuel Santos e Gabriel Bezerra que, caracterizados como velhas senhoras, manipulam marionetes, contam histórias e recitam poesias de autores nacionais consagrados.

20h - "Auto da Paixão" peça com o grupo Circo Branco (SP)

Dia 15 - domingo

20h - "Auto da Paixão", peça com o grupo Circo Branco (SP)

ENCANTERIAS DE DEZEMBRO “De dentro”. Direção: Astrid Toledo e Alexandre Boccanera. Com Astrid Toledo, Andrea Elias e outros.

Condomínio Cultural: Rua Luiz de Camões 2, Centro —Tel. 2242-9942.
































3.11.02


A Menor Máscara do Mundo

Os palhaços da Companhia do Gesto em novo espetáculo, estreiou terça no Teatro Laura Alvim, ficando em cartaz sempre as terças e quartas ate o dia 18 de dezembro.

Depois de "Os Clowns" (1986) e "Cláun! Palhaços Mudos" (2000), a Companhia do Gesto – RJ, coloca em cena oito novos palhaços no seu mais novo espetáculo: "A Menor Máscara do Mundo" (o nariz vermelho do palhaço, considerado a menor de todas as máscaras cênicas).
A idéia do espetáculo surgiu ainda em 2001, dentro das oficinas do projeto "Jogo de Máscaras e Clowns" coordenado por Dácio Lima, introdutor do jogo do clown como linguagem cênica nos palcos brasileiros, e agora chega ao palco do Teatro Laura Alvim, que estreiou dia 22 de outubro, com elenco formado por palhaços saídos das oficinas do projeto.

Este foi o último espetáculo que começou a ser dirigido por Dácio Lima antes de ser morto, em fevereiro deste ano.

O trabalho com "A Menor Máscara..." teve continuidade garantida por Luís Igreja, ator integrante do núcleo da Companhia do Gesto há 15 anos, que assumiu a direção do espetáculo e da Companhia após um ano de viagem pelos Estados Unidos, Europa e Ásia com um espetáculo solo de clown.

O grupo é formado por sete palhaças e um palhaço que, a exemplo dos espetáculos anteriores da companhia, transformam situações simples e cotidianas em motivo para jogo e riso, numa abordagem inusitada e poética acentuada pela linguagem do teatro gestual pesquisada pela Companhia.

Um simples tropeço, a vontade de comer um pão ou uma dancinha enamorada se transformam em fatos surpreendentes, motivos para o riso e comoção, para a exploração do patético e do poético pelos palhaços. Revirar o cotidiano do avesso é, aliás, uma das bases clássicas dos números de clown utilizadas como jogo teatral, capaz de expor sem pudores o que existe de mais humano em cada um.

A poesia ganha espaço numa partida de futebol feminino (capaz de "enlouquecer" qualquer juiz ou torcedor desavisado) que constrói um elo direto com a memória afetiva brasileira, resgatando o futebol arte de outros tempos, tão bem retratado pelo Canal 100. Utilizando o recurso da movimentação em câmera lenta para obter um resultado estético mais apurado, a cena tem sua força no conjunto da ação do grupo.

Os palhaços também se arriscam numa ópera improvável em que brincam com os códigos estabelecidos do mundo lírico para contar uma história de amor trágica e banal, como deve ser toda boa história de amor.

Uma rave de palhaços traz impacto e envolvimento sensorial da platéia na ação e abre espaço para a crítica totalmente atual, exibindo o que há de surreal, grotesco e hilário nos personagens que buscam novas emoções sensoriais nas festas.

"A Menor Máscara do Mundo" dá prosseguimento e aprofunda a linha de pesquisa desenvolvida pela companhia carioca há 17 anos, na opção por jogos teatrais pouco habituais como máscaras e clowns, abdicando das palavras para explorar ao máximo a comunicação gestual, permitindo a aproximação cada vez maior de um estado mais revelado das pessoas em cena.

O espetáculo provoca riso e comoção das platéias com ironia, lirismo, graça e simplicidade. Sob medida para agradar a todas as idades.

A Companhia

O diretor Dácio Lima iniciou seus trabalhos no teatro em Brasília, no ano de 1975,. Após um período de estudos na França, fixou-se no Rio de Janeiro, onde desenvolveu pesquisa sobre a linguagem de clown e máscaras de teatro. Em 1986, após um ano de experimentações, estreou o espetáculo "Os Clowns", inaugurando o Teatro Porão Cultural da Casa de Cultura Laura Alvim.

Foi, possivelmente, o primeiro espetáculo brasileiro a utilizar a linguagem clown como técnica e tema, inspirando outros grupos pelo Brasil que hoje desenvolvem trabalhos com a mesma linguagem (o clown), ajudando a firmar essa técnica no país.

No repertório do grupo também constam, entre outros, os espetáculos "As Máscaras" (1989), "O Baile" (1993), "McBeth – A Tragédia da Ambição" (1996) e "Cláun! Palhaços Mudos", montagem do ano 2000 que marcou a comemoração dos 15 anos da Companhia do Gesto no Rio de Janeiro.


A Menor Máscara do Mundo

Teatro da Casa de Cultura Laura Alvim de 29 de outubro a 18 de dezembro

Todas as terças e quartas-feiras às 21 hs. Ingressos a R$ 10

Ficha Técnica

DIREÇÃO E ROTEIRO:Dácio Lima e Luís Igreja

ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO:Thelma Nascimento

ILUMINAÇÃO: Luís Igreja

ELENCO: Ana Carina / André Marcos / Cecília Ripoll/ Fárida Rosendo/ Jaqueline Caldas / Tânia Gollnick / Maria Clara Wermelinger /Janaína Moraes

PRODUÇÃO: Companhia do Gesto
Contatos: Ana Carina (21) 2285-4930/9854978 carinasantos@hotmail.com
Luís Igreja (21) 2247-1288/96565110 luisigreja@yahoo.com.br












11º PANORAMA RIOARTE DE DANÇA

Estreiou nesta quinta, e se estende ate o dia a 10 de novembro a decima primeira versao do Panorama de Dança com direçao geral e artistica da incansavel Lia Rodrigues. Este ano tem bailarinos da Alemanha, da França (Jerome Brel) da Inglaterra, da Holanda. Ingressos a um real - eu disse um real. Maiores detalhes aqui em "O Globo" na otima reportagem da Adriana Pavlova.

Neste domingo, as 19 hs destaque para a apresentaçao da Mestra Angel Vianna e sua ex-aluna a Maria Alice Poppe (do Stacatto) dançando uma coregografia do Alexandre Franco intitulada" Impromptu" Imperdivel.


Dia 31 abertura no Teatro Carlos Gomes.
*Carlos Gomes Ocupado
Série de performances com artistas cariocas em diferentes espaços do Teatro Carlos Gomes
*Inauguração do Panorama Lounge
Ponto de encontro do Panorama que terá a cada noite um DJ diferente + bar + restaurante
Dia 1 de novembro - sexta
21:00 hs - ESPAÇO CULTURAL SÉRGIO PORTO
* Criadores-Curadores
Programação com curadoria da Dupla de Dança Ikswalsinats (RJ)
Dia 2 de novembro - sábado
19 hs - TEATRO CARLOS GOMES - Sala Paraiso
PANORAMA PARAISO
Marcela Levi e Claudia Garcia ( Rio de Janeiro)
20hs - TEATRO CARLOS GOMES - Palco
* "The show must go on" - Jerome Bel (França)
* Platéia Foyer
conversa com o coreógrafo logo após o espetáculo, coordenada pelo
Grupo de Estudos em Dança do Rio de Janeiro

Dia 3 de novembro - domingo

18 hs - TEATRO CARLOS GOMES - Sala Paraiso
PANORAMA PARAISO
Marcela Levi e Claudia Garcia ( Rio de Janeiro)

19 hs - TEATRO CARLOS GOMES - palco

* Angel Vianna e Maria Alice Poppe
coreografia de Alexandre Franco ( Rio de Janeiro)


* Danças Rubens Barbot ( Rio de Janeiro)



21:00 hs - ESPAÇO CULTURAL SÉRGIO PORTO

* Cie. Felix Ruckert (Alemanha)




Dia 4 de novembro - segunda

21:00 hs - ESPAÇO CULTURAL SÉRGIO PORTO

* Cie. Felix Ruckert (Alemanha)

* Platéia Foyer
conversa com o coreógrafo logo após o espetáculo, coordenada pelo
Grupo de Estudos em Dança do Rio de Janeiro

Dia 5 de novembro - terça

18h - Centro de Arte Hélio Oiticica

Palestra com Nicky Childs ( Reino Unido )
Com tradução simultânea
Produtora da Artsadmin, uma agencia de produtores que representa artistas de vanguarda no Reino Unido
dia

21 hs - ESPAÇO CULTURAL SÉRGIO PORTO

* Novíssimos
A nova geração de coreógrafos cariocas selecionada através de uma oficina de curadoria com 3 jovens estudantes universitários de dança Bruno Beltrão (UniverCidade), Dani Saad (UniverCidade) e Juliana Ribeiro (Faculdade Angel Vianna)

Dia 6 de novembro - quarta

18h - Centro de Arte Hélio Oiticica
Palestra com Gary Stevens ( Reino Unido )
Com tradução simultânea


19 hs - TEATRO CARLOS GOMES -Sala Paraiso

PANORAMA PARAISO
Marcela Levi e Claudia Garcia ( Rio de Janeiro)

20 hs - TEATRO CARLOS GOMES - palco
* Basirah ( Brasilia)


22hs - ESPAÇO CULTURAL SÉRGIO PORTO

* Novíssimos
A nova geração de coreógrafos cariocas selecionada através de uma oficina de curadoria com 3 jovens estudantes universitários de dança Bruno Beltrão (UniverCidade), Dani Saad (UniverCidade) e Juliana Ribeiro (Faculdade Angel Vianna)

Dia 7 de novembro - quinta

19 hs - TEATRO CARLOS GOMES - Sala Paraiso

PANORAMA PARAISO
Marcela Levi e Claudia Garcia ( Rio de Janeiro)


20hs - TEATRO CARLOS GOMES- palco

*Solos Cariocas - Auto Retrato

Patricia Niedermeier
Giselda Fernandes
Alexandre Franco
Henrique Schuller
Paula Águas

22 hs - ESPAÇO CULTURAL SÉRGIO PORTO

* Wagner Schwartz ( Uberlandia/ Minas Gerais)

* Paulo Mantuano e Kylie-Jane Wilson ( Rio de Janeiro /Australia)


Dia 8 de novembro - sexta

de 18 às 22 h - Centro de Arte Hélio Oiticica

*Apresentação de AND, Gary Stevens (Reino Unido)


19 hs - TEATRO CARLOS GOMES -Sala Paraiso


PANORAMA PARAISO
* Marcela Levi e Claudia Garcia ( Rio de Janeiro)



20 hs - TEATRO CARLOS GOMES - palco

* Thomas Lehmen (Alemanha)



22hs - ESPAÇO CULTURAL SÉRGIO PORTO

* Thembi Rosa ( Belo Horizonte/ Minas Gerais)

* Andrea Jabor (Rio de Janeiro)

Dia 9 de novembro - sabado


de 14 às 18 h - Centro de Arte Hélio Oiticica

* Apresentação de AND, Gary Stevens (Reino Unido)


19 hs - TEATRO CARLOS GOMES - Sala Paraiso

PANORAMA PARAISO
Marcela Levi e Claudia Garcia ( Rio de Janeiro)


20 hs - TEATRO CARLOS GOMES - palco

* Kaiowas ( Santa Catarina)


22hs - ESPAÇO CULTURAL SÉRGIO PORTO

* Cristina Moura ( Brasilia/Dinamarca)

Dia 10 de novembro - domingo

de 14 às 18 h - Centro de Arte Hélio Oiticica

* Apresentação de AND, Gary Stevens (Reino Unido)

14 hs - TEATRO DO JOCKEY

* apresentação do resultado da residencia com Thomas Lehmen


19 hs - TEATRO CARLOS GOMES -Sala Paraiso

PANORAMA PARAISO
*Marcela Levi e Claudia Garcia ( Rio de Janeiro)


20 hs - TEATRO CARLOS GOMES - palco


* Marcia Rubin Companhia de Dança ( Rio de Janeiro)

* Cristian Duarte ( São Paulo/Bélgica)


* GARY STEVENS (Reino Unido)
Centro de Arte Hélio Oiticica
dia 16 de outubro - encontro com Gary Stevens, de 16 às 18 h
de 17 de outubro a 07 de novembro, de 2a. a sábado
horário: de 9 às 13 h


* THOMAS LEHMEN ( Alemanha)
Centro de Arte Hélio Oiticica
de 21 a 29 de outubro, de 2a. a sábado
horário : de 14 `as 19 ( horário a ser alterado ....)
Teatro do Jockey
de 30 de outubro a 09 de novembro, de 2a. a sábado
de 14 às 19 h

* JEROME BEL (França)
De 4 a 9 de novembro - de 14 às 19 h
(Teatro Maison de France)


PANORAMA SPRINGDANCE DIALOGUE

THOMAS LEHMEN ( Alemanha) E JAN RITSEMA ( Holanda)

Centro de Arte Hélio Oiticica - Sala de Palestras
de 11 a 13 de novembro
de 10 às 16 h













28.10.02


Holandeses trazem seu teatro silencioso ao Brasil

São Paulo nesta sexta, sabado e domingo no Testro SESC Anchieta, e no Rio no próximo fim de semana no Teatros SESC Copacabana, os paulistas e cariocas verão pela primeira vez dois representantes do chamado Teatro do Movimento da Holanda, que usa técnicas da dança e da mímica moderna

Festivais de teatro vêm abrindo cada vez mais espaços para um tipo de espetáculo que prescinde do idioma. Uma poética silenciosa com tramas muitas vezes até complexas, fundadas em linguagens como a mímica, a dança e o circo. Na Holanda, o desenvolvimento dessa estética - para a qual existe um importante nicho de mercado nos festivais do mundo inteiro - vem recebendo apoio do governo, que subsidia o chamado Movement Theater (Teatro Movimento), que conta até mesmo com um festival internacional, o Moving Mime.

Em parceria com o governo holandês, os Sesc Regionais em São Paulo e no Rio trazem pela primeira vez ao Brasil dois representantes do chamado Teatro do Movimento da Holanda - os grupos Karina Holla e Bambie.

Há 20 anos Karina Holla vem desenvolvendo sua pesquisa teatral, um teatro feito de poucas palavras e forte expressão gestual. Amanhã, às 21 horas, ela apresenta no Teatro do Sesc Anchieta o espetáculo City Life, criado em 1999. Em cena, os bailarinos Marcelo Evelin, Natasha Lusetic e Dries van der Post utilizam técnicas da mímica moderna e da dança contemporânea para falar do choque entre a busca do amor e a correria do dia-a-dia na luta pela sobrevivência. "O ócio é atributo do amor. O amoroso precisa de tempo", já dizia Nélson Rodrigues.

Amanhã ainda, às 14 horas, a atriz e bailarina Karina Holla realizará uma videopalestra sobre seu trabalho, com entrada gratuita, que pode interessar principalmente aos profissionais do chamado Teatro Físico, da mímica, do circo e da dança.

A companhia Bambie foi criada em 1996 por Jochem Stavenuiter e Paul van der Laan, quando ainda eram estudantes de mímica. A curiosidade em torno dessa companhia é que recriam o mesmo espetáculo, Bambie, atualmente já na sétima versão. O público brasileiro verá Bambie 6, que fala sobre a passagem da infância para a idade adulta.

Três meninos querem crescer, mas ficam indecisos diante do mundo masculino adulto. Como qualquer garoto, buscam inspiração em ídolos. No caso deles, Elvis Presley, um general soviético e seus pais. Bambie 6 ganhou o Prêmio Holandês de Mímica em 1999. No palco, além dos fundadores da companhia, está o mímico Gerindo Kamid Kartadinata. A vinda dos grupos ao Brasil faz parte do Programa de Relacionamento Sociocultural Brasil-Holanda, produzido pelas empresas WZM Projetos Culturais e Central de Produção.

Teatro do Movimento - Holanda. Sexta, às 21 horas, City Life. Texto e direção Karina Holla. Duração: 65 minutos; sábado e domingo, às 21 horas. Bambie 6. Direção Jochem Stavenuiter, Paul van der Laan e Gerindo Kamid Kartadinata. Duração: 75 minutos. R$ 20,00 (cada espetáculo); sexta, das 14 às 16h30, videopalestra com coordenação de Karina Holla. Grátis (retirar convites com 1 hora de antecedência). Teatro Sesc Anchieta. Rua Doutor Vila Nova, 245, São Paulo, tel. (0xx11) 3234-3000.

Reportagem de Beth Néspoli para "O Estado de São Paulo".



19.10.02



FOLHETIM 14

Embora envergonhada com o atraso desta notícia, tenho a alegria de anunciar neste número uma das melhores entrevista que a minha Mestra Angel Vianna, deu em toda a sua trajetoria, Até falei isso numa aula dela e recomendei este número do ótimo Folhetim, produzido pelo Teatro do Pequeno Gesto. Este numéro é antológico. Difícilmente outro número poderá superar este que tem Peter Brook, Juliana Carneiro da Cunha e uma análise do Fernando Marques para o teatro de Caio Fernando Abreu. Corram para garantir o seu exemplar. Se estiverem esgotados nas livrarias, peçam direto pelo reembolso postal.

A preocupação com o trabalho em grupos estáveis está presente tanto no texto de Peter Brook, Da liberdade fácil à liberdade difícil, quanto no ensaio de Josette Féral, Os gregos na Cartoucherie, que analisa a encenação de Ariane Mnouchkine para a Oréstia, em estreita relação com o modo de estruturação e funcionamento do Théâtre du Soleil. O tema é retomado na entrevista de Juliana Carneiro da Cunha que fala de sua trajetória como atriz e de seu trabalho na trupe do Soleil.
A dramaturgia está presente em Paraísos íntimos - teatro e subjetividade em Caio Fernando Abreu, de Fernando Marques e em A apresentação artística da liberdade, um estudo sobre a teoria e o teatro de Schiller, de Pedro Süssekind.

NESTE NÚMERO:
Tradução: Os gregos na Cartoucherie: a pesquisa das formas, de Josette Féral
Paraísos íntimos - teatro e subjetividade em Caio Fernando Abreu, de Fernando Marques
A apresentação artística da liberdade - um estudo sobre a teoria e o teatro de Schiller, de Pedro Süssekind
Da liberdade fácil à liberdade difícil, de Peter Brook
Na seção EM FOCO: 4 perguntas de Helena Varvaki a Angel Vianna
Entrevista: Juliana Carneiro da Cunha e o intérprete do teatro total

FOLHETIM pode ser encontrado nas seguintes livrarias:

No Rio

Livraria do Espaço Unibanco

Livraria do Museu da República

Livraria Folha Seca - Centro de Arte Hélio Oiticica

Livraria Travessa do CCBB

Livraria Mário de Andrade - Palácio Gustavo Capanema

Livraria Carlos Miranda - Teatro Glauce Rocha

Livraria Timbre - Shopping da Gávea

Livraria Ligue Livros - Campus Uni-Rio

Casa das Artes de Laranjeiras - CAL
Em São Paulo:
Livraria Cultura - Conjunto Nacional

Em Belo Horizonte:

Sede do Grupo Galpão

Livraria Scriptum

Em Curitiba:

Livraria Solar do Rosário

Em Recife

FETEAPE

Em Salvador

Teatro Vila Velha

Ou por reembolso postal através do telefax: (21) 2558-035
Acompanhe nossas atividades através do site www.pequenogesto.com.br

TEATRO DO PEQUENO GESTO
Antonio Guedes / Fátima Saadi
Fones: (21) 2205-0671 - 9607-5845 - Fax: (21) 2558-0353
e-mail: teatro@pequenogesto.com.br





15.10.02



ENTRE NÓS

Estréia nesta quinta-feira, no Teatro do Jockey, o espetáculo do bailarino, coreógrafo e professor Alexandre Franco -- meu ex-professor no profissionalizante de dança contemporânea, ainda no pré, lá na Angel Vianna. Não vi e já gostei. O pessoal lá da Angel de professores a alunos estão todos envolvidos de alguma forma nesse trabalho. A ficha técnica é da maior responsa. E dá para sentir o alto nível desse trabalho.

O movimento não está só no corpo que dança, está também na cor e em
todas as estruturas
. Este é o ponto de partida que o
Alexandre Franco usa em seu trabalho que, com a companhia criada em 95, tem participado das mais importantes mostras e festivais de dança de todo
país, e estará no Teatro do Jóquei , a partir do dia 17 de outubro,
quinta-feira até o dia 27, domingo
, com o espetáculo ENTRE NÓS que utiliza-se de música, discurso literário, discurso físico, cenografia, iluminação e figurino. Alexandre e seus intérpretes revisitaram células coreográficas de seu repertório buscando uma releitura, bem como a construção de novas estruturas. Utiliza-se de música, discurso literário, discurso físico, cenografia,
iluminação e figurino. Tendo a Colagem como elemento constante na
construção do discurso

Sinopse
Entre Nós investiga percursos solitários, permeados pela construção
sonora de Tiago Didaq e por textos, poemas e prosas de Caio Fernando
Abreu, Alejandra Pizarnick, Alexandre Franco.
O ser urbano, o indivíduo, a solidão, a relação e criação da realidade
são os focos de interesse despertados por camelôs diferentes que vendem
objetos usados e quebrados, aparentemente sem nenhuma utilidade e sua
postura, como a de qualquer outro vendedor, seus objetos tão usados,
descartáveis e cheios de memória, num comércio intrigante no bairro da
Glória, Rio de Janeiro.

A coreografia tem o gesto como base da pesquisa do movimento, que
dilatada e sofrendo interferência de peso e tempo, apresentam um corpo
fragmentado e fluido em trajetórias no espaço. As peças apresentadas,
seqüencialmente ou em justaposição, organizadas a partir de matérias e
discursos de várias origens, criam e expõem um terceiro universo entre
as fontes e o coreógrafo.


Ficha Técnica
Direção e Coreografia - Alexandre Franco
Intérpretes - André Masseno, Luk Monteiro, Stela Guz,
Simone Nobre, Tânia Castilho e Alexandre Franco
Figurino - André Masseno
Projeto Cenográfico - Alexandre Franco e Cissa Feijó
Desenho de Luz - Renato Machado
Trilha Sonora - Composição e colagem - Tiago Didaq
Design Gráfico ­ Paulo César Rocha
Gerência de Produção de Artes - Luk Monteiro
Assistência de Direção e Coreografia - André Masseno, Luk Monteiro
Assit. de Produção / Camarim ­ Valéria Peixoto / Michelli Franco /
Márcio Franco
Pesquisa de Movimento - André Masseno, Luk Monteiro, Stela Guz, Simone
Nobre,Teresa Taquechel, Tânia Castilho e Alexandre Franco
Fisioterapia - Núbia Barbosa
Técnica de Pilates - Mariana Lobato e Tânia Castilho
Direção de Artes - Alexandre Franco
Produção - Luk Monteiro, Maria Brezensky, Alexandre Franco


Estréia : Dia 17 de outubro, quinta-feira
Temporada : de 17 a 27 de outubro, quinta a domingo
Horário: 20 horas
Local : Teatro do Jóquei ­ Rua Mário Ribeiro,410 ­ Gávea. Tel: 2540.9853
Ingressos : R$ 10,00 . Dia 27 de outubro, domingo, o ingresso custará
R$1,00.


Alexandre Franco
Formado nos cursos de Dança Contemporânea e Recuperação Motora e Terapia através da Dança pela Escola Angel Vianna, Alexandre Franco, que assina a direção e coreografia
dos espetáculos da Companhia, tem as primeiras referências de pesquisa
de movimento
no pensamento de Angel e Klauss Vianna, e mais tarde, através de
João Fiadeiro (Lisboa ) e Angela Guerreiro ( Lisboa / Hamburgo ), coreógrafos portugueses, com os quais trabalhou
em turnês pela
Europa em 94 e 95 - espetáculos produzidos e co-produzidos pelo
Sommertheater Festival
Hamburg - como intérprete e assistente de coreografia, respectivamente -
recebendo elementos da nova dança européia, da dança-teatro alemã e do
teatro-físico belga.

A Companhia foi convidada para o Festival Frestas, cidade do Porto - Portugal, Capital Européia da Cultura 2001 e para a Edição de 2002.

PS. Tenho a grata satisfação de declarar que fui aluna do Alexandre Franco,
no curso profissionalizante de dança contemporânea, ainda no pré. Acompanho a sua trajetoria profissional há vários anos e tenho a maior admiração pelo talento e a competência do Franco Alexandre, como eu o chamo. Recomendo sem reservas, e estarei lá pra abraçar a turma lá da Angel, a Taquechel, a Nubia (minha ex-professora na Recuperação Motora), Renato, a Stela. E fico na torcida para um grande
e merecido sucesso.

11.10.02

ESTRÉIA DA TRUPE LEVANTANDO A LONA NO CIEP DE IPANEMA

A Trupe Levantando a Lona, formada por 26 jovens integrantes da comunidade do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo faz sua estréia no picadeiro amanhã com Circo etéreo. O espetáculo mistura de teatro de rua e circo, resgatando um pouco da história do Cantagalo e de sua comunidade, que vive num morro que tem vista privilegiada da Zona Sul.

O espetáculo é o resultado de seis mêses de trabalho com as maravilhosas intrépidas Beth Martins e Vanda Jacques (diretoras e fundadoras da Intrépida Trupe) que fazem a direção circense, a coreografia é do ótimo Steven Harper e tem ainda o pessoal de teatro que colaborou no projeto: a Alice Viveiros de Castro (madrinha dessse blog) e o Amir Hadad e Paulo Mazzoni, entre outros intrépidos, fagueiros e audaciosos que conseguiram transformar um anfi-teatro sem nada, numa casa de espetáculos com 200 lugares, luz, som, estrutura para aparelhos circenses, piso de madeira, etcs. e tal. Muito é muito pouco para tal façanha.

Dica: Chegue cedo para apanhar as senhas às 18 hs e conseguir sentar nos melhores lugares.

Idade: Crianças a partir de 2 anos.

Onde: Anfiteatro Benjamin de Oliveira — Rua Alberto de Campos 12, Ipanema - CIEP de IPanema - Tel. 3472-4092.

Estréia neste sabado, dia 12 de outubro, às 19h. Grátis (senhas a partir das 18h).
Sextas e sabados às 19 horas -- até o dia 9 de novembro


Se eu vou nessa? Logicamente claro e evidente. Estarei lá amanhã na primeira fila. Comentarei aqui depois. Aguardem.





O JÔGO DO BUFÃO

O jôgo do bufão -- prática para o ator é o título do workshop que será ministrado pela atriz e pesquisadora paulista, Mestre em Interpretação pela USP, JULIANA JARDIM, na Fundição Progresso - Espaço 1 , de 31 de outubro a 3 de novembro, tendo como público-alvo atores e estudantes de teatro. Vagas limitadas.

Este workshop propõe a Iniciação ao jogo do Bufão. O worshop leva o participante a entrar em contato com o estado da máscara, a partir de suas caracterizações físicas básicas e da paródia pela via do grotesco.

Local: Fundição Progresso - Espaço1 - Rua dos Arcos s/n. - Lapa

De 31 de outubro a 3 de novembro.
quinta e sexta de 19 hs. às 22 hs.
sábado e domingo de 10 hs às l5 hs.

Público alvo: atores e estudantes de teatro - 18 vagas - 15 horas.
Preço R$ 150,00 (cento e cincoenta reais).

Informações e inscrições : Tels. 2215-1689 2224-8831 9923-6737, com Chris Alcântara.
Ou com Juliana pelo e-mail jujardim@uol.com.br

Juliana Jardim é atriz e pesquisadora paulista, Mestre em Interpretação pela USP com a pesquisa O ator transparente. Co-autora do livro Práticas do ator no Brasil, Editora Hucitec, 2003. Atriz de de Madrugada, Esperando Godot, Oração, É o fim do mundo, Péricles, entre outros.


PS. Recomendo com todos os louvores. Faço parte do fã-clube carioca da Mestra Juliana Jardim.

6.10.02


O povo do gueto mandou avisar...

... que vai rolar a festa!!!

Logo depois da votação:

Grande confraternização democrática suprapartidária neste
domingo às 18:00h, na Praça do Leme (final),
no Rio de Janeiro, evento
artístico cultural popular espontâneo,
poético-musical-cênico-coreográfico, interativo, com a presença de
eleitores e candidatos de todos os partidos;
Ensaio aberto do TEATRO DE RODA, com cirandas, cantigas, choro, pagode, seresta e você,
avise aos amigos, venha com a família
e traga o seu instrumento!!!






5.10.02


O ANALFABETO POLÍTICO

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.
(Bertold Brecht)



29.9.02

Haja hoje para tanto ontem

Cantar, e como queria o Paulo Leminski: ensandançar:

Sassasaricando todo mundo leva a vida no arame.
Porque sem sassaricar
esta vida é mesmo um nó, nó, nó.

O estado de bem estar está aberto para quem dele queira fazer algum dispor, falou o poeta Leminski em "Catatau".

Aproveito a deixa para dispor desse estado, e volto agora á tarde ao Arpoador para assistir o encerramento da temporada do circo do Anônimo, com o espetáculo RODA SAIA*GIRA*VIDA embalado pela musica ao vivo de Pixinguinha, Sinhô e Villa-Lobos.

Quem não foi lá ontem e não vai hoje não sabe o que está perdendo de beleza, alegria, humor, magia, e da poesia desta vida.

O circo é o patrimonio afetivo da humanidade.
Esta eu ouví do palhaço Cuti-Cuti, (Marcio Libar), em "O pregoeiro", ontem lá no cirquinho do Anônimo.

28.9.02

Hoje tem fuzuê no Arpoador

O sol voltou a brilhar ! Parou a chuva, e eu tô indo ver O pregoeiro às seis e meia e Tomara que não chova, às 21 hs. no cirquinho( duzentos lugares) do Anonimo armado no Parque Garota de Ipanema, comemorando os 15 anos do grupo. Não é pouca coisa. Que grupo de teatro ou o que seja já comemorou essa idade? Vale ir lá conferir e chegar uma hora antes para pegar a senha para assistir o espetáculo.

Tô feliz, e me achando. Depois do circo, eu vou descolar um forró ou outro agito dançante. Dançar é preciso.


>>>

COMPANHIA DO LATÃO

apresenta

CENAS DA OCUPAÇÃO

Leituras Cênicas

Entrada franca Sábados, 21 horas Domingos, 19 horas.

Valor de Troca,
um experimento lírico.
28 e 29.09



O Grande Circo da Ideologia,
baseado em Marx e Engels.
28 e 29.09



João Fausto,
de Hanns Eisler.
12 e 13.10




Os Dias da Comuna,
de Bertolt Brecht.
19 e 20.10


Teatro Cacilda Becker

Rua Tito, 295 - Lapa 3864-4513





21.9.02

Tomara que não chova

Estou torcendo pra não chover hoje á tarde e á noite. Tô indo lá para o cirquinho a céu aberto do Anônimo no Arpoador. Às seis e meia tem o palhaço Cuti-Cuti (tão fofo e engraçado como o seu nome já diz) com o Marcio Libar em O Pregoeiro. Á noite às 21 hs. Tomara que não chova, espetáculo cômico-circense com os cinco artistas do Anônimo. Ver o palhaço Seu Frô do João Carlos Artigos, fazendo um galã daquelas historinhas de circo-teatro brasileiro da primeira metade do século passado, não tem preço. É muito hilário.

15.9.02

Festa dos 15 anos do Teatro de Anônimo

Num clima de grande alegria, (tá pensando o quê? 15 anos de grupo não é pra qualquer uns não) de celebração, aconteceu a festa na quinta-feira com a apresentação do espetáculo Tem fuzuê na cumbuca, seguido de um coquetel e o lançamento da revista comemorativa dos 15 anos de vida do grupo no circo sem lona, mais conhecido como 'tomara que não chova', com capacidade para 200 pessoas, armado no Arpoador.

A partir desta semana até o fim do mês, e tudo de gratis no Parque Garota de Ipanema, no Arpoador (entrada pela praia), onde está armado o circo do Anonimo com uma exposição permanente Pequena Miscelânea de Abônimo, e cinco espetáculos de graça durante três semanas:

Tomara que não chova , uma variedade de jogos cômicos, recuperando o circo-teatro brasileiro da primeira metade do século XX com uma encenação teatral na segunda parte, magia, equilibrismo, trapézio, acrobacia, dança, etcs e tal.

O pregoeiro,um olhar sobre a história do grupo, com Márcio Libar percorrendo a sua própria história que se confunde com a do Anonimo. Passando pelas praças da Zona Norte vai ao encontro da Escola Nac. de Circo até revelar o palhaço Cuti-Cuti, brindando o público com muita delicadeza, sem perder a sua principal característica : a irreverência.

Roda saia gira vida (vencedor do Mambembe de melhor espetáculo, em 1995) mergulha com humor e poesia no universo do palhaço e do circo, embalado pela música ao vivo de Pinxiguinha, Villa Lobos e Sinhô.

In concerto, trio de palhaços-músicos chega para dar um pequeno concerto mas só realiza desastres. O espetáculo investe na tradição do jôgo dos velhos palhaços e da sofisticação dos numeros e das gags.


TEATRO DE ANÔNIMO, 15 ANOS - Parque Garota de Ipanema, Arpoador (entrada pela praia), até o último domingo de setembro (dia 29).
Distribuição de senhas 1 hora antes dos espetáculos. Capacidade:200 pessoas

Na sexta, dias 13, 20 e 27 às 21 hs In Conserto,
No sábado, dias 14, 21 e 28 às 18,30 hs. O pregoeiro e às 21 hs, Tomara que não chova.
No domingo, dias 15, 22 e 29 às 18,30 hs. Roda saia gira vida.
























11.9.02




Música cênica para crianças no Teatro Carlos Werneck do Aterro do Flamengo

O Projeto "Primeiros Contatos", no seu segundo ano, estará acontecendo nos teatros Glória e
Carlos Werneck, numa promoção da Prefeitura do Rio

O Passo - programa do dia 15 de setembro no Teatro Carlos Werneck

O Bloco do Passo é um grupo de percussão composto por jovens de 11 a 14
anos e tem como principal objetivo pesquisar, ampliar e divulgar o método
da educação musical O Passo. Este método, criado por Lucas Ciavatta,
diretor do Bloco do Passo, é atualmente utilizado por vários professores em
várias regiões do país e parte do simples andar para que se possa aprender
não apenas a tocar, mas, principalmente, a entender o que se toca.
Maracatus, Sambas, Cirandas e muitos outros ritmos surgem das referências
construídas e, na vivência em grupo, nos aproximam da música e da cultura
do Brasil.
Lucas Ciavatta é mestre em educação pela UFF e licenciado em Música pela
UNIRIO. Na Escola Oga Mitá, trabalha como professor de música (ensino
fundamental 2o Seg) e supervisor(ensino fund 1o. Seg e educação
infantil). É professor dos cursos de extensão “A Música da cena, no projeto
“Enfermaria do Riso”da Faculdade de Teatro da UNIRIO, e “Opasso, no
Conservatório Brasileiro de Música(CBM). É diretor musical dos Doutores da
Alegria Rio de Janeiro

Ficha Técnica:
Direção Musical: Lucas Ciavatta
Direção de Cena: Ana Ashcar
Figurino e Programação Visual: Flávio Souza
Iluminação: Renato Machado
Integrantes: Aline Fernandes, Amanda Cunha, Camila Camacho, Débora Martini,
Felipe Fiorini, Felipe Reznik, Joana Duboc, Kalindi Delia, Lara Cunha,
Layla Waltenberg, Luis Felipe Rodrigues, Marina paiva, Mateus Xavier,
Natália Searfim, Paula Allevato, Pedro Costa, Pedro Henrique Dias, Priscila
Lacerda, Renan Takenouchi, Tainã Miranda, Vitor Sulzar, Yana Mitsu.

Obs. desta escriba : Pela ficha técnica, o nome e curriculo das pessoas envolvidas neste projeto, o espetáculo é imperdível. Isto sem falar que é tudo de gratis. O que mais querem ? Não venha ou se arrependerá para sempre ...
A programção subsequente também é imperdível, o José Mauro Brant, a Bia Bedran, etc e talz....

PROGRAMAÇÃO TEATRO CARLOS WERNECK

15/09 - O PASSO ( LUCAS CIAVATTA - TEL. 9105 1515)
22/09 - O MELHOR DE BIA BEDRAN( MAURÍCIO TEL. 9983 7800)
29/09 - PATATIVA DO ASSARÉ (ALAN CASTELO / ROSE 9174 9007)
6/10 - CONTOS, CANTOS E ACALANTOS (JOSÉ MAURO BRANT 9634 8105
13/10 - FÁBULAS MUSICAIS (DAVID MIGUEL TEL. 9922-9251)




TEATRO DE MARIONETES CARLOS WERNECK
Aterro do Flamengo, altura do n.o 300 da Praia do Flamengo
LOTAÇÃO 300 LUGARES
PROGRAMAÇÃO GRATUITA
SEMPRE AOS DOMINGOS, SEMPRE ÀS 11H, SEMPRE GRÁTIS, COM SOL OU CHUVA.



Imperdível! Eu vou nessa.

O Teatro de Anônimo está fazendo 15 anos!!!
Dia 12 de setembro será a grande estréia da temporada de seu repertório que termina no dia 29.

Nesta noite teremos a participação especialíssima do espetáculo TEM FUZUÊ NA CUMBUCA, com os grupos Diadokai, Cia do Público, Cordão do Boitatá, Teatro de Anônimo e Boi Cascudo. Depois do espetáculo faremos o lançamento da revista DE ANÔNIMO 15 ANOS.

Você é nosso convidado especial para esta noite que será apenas para convidados. Ficaremos muito felizes com sua presença.



TEATRO DE ANÔNIMO 15 ANOS
12/09
20H
PARQUE GAROTA DE IPANEMA - ARPOADOR
Entrada pela praia
Lembre-se que nosso cirquinho tem apenas 200 lugares!!!


Oficinas do Anonimo no SESC-Niteroi

Os prestimosos artistas do Anonimo atravessam a Baia de Guanabara e aportam no SESC-Niteroi nos dias 11, 18 e 25 deste mês, e nos dias 2 e 4 de outubro, para ministrar oficinas de técnicas circenses para a garotada - sempre às 14 hs.











9.9.02

Ja foi no outro blog, o Artimanhas ? Se voce frequentou o Circo Voador vai saber de uma historia de bastidor.
P A R L A P A T Õ E S

Depois da temporada de duas semanas no Rio com sucesso de público e merecendo até uma crítica da Barbara Heliodora, (quem diria que ela gostaria) o espetáculo excursiona pelo Sul, e participa ainda de um dos mais importantes festivais de teatro do País, o Porto Alegre em Cena. uma parceria com a Brasil Telecom os Parlapatões apresentam seu espetáculo SARDANAPALO nas seguintes cidades:


Curitiba
Teatro Guaíra - 06, 07 e 08 de Setembro de 2002.

Brasilia
Teatro Nacional - Sala Martins Penna - 14 e 15 de Setembro de 2002.

Festival de Teatro: 9 Porto Alegre em Cena
26, 27 e 28 de setembro de 2002

Santa Maria (RS)
Teatro Municipal - 29 e 30 de Setembro de 2002

'Sardanapalo': Uma breve visita circense, insana, divertida e objetiva


Barbara Heliodora (O Globo 01/09/2002

No Espaço Cultural Sérgio Porto, o alegre grupo dos Parlapatões nos vem de São Paulo fazer uma breve visita, depois de ter coberto chão bastante até para se apresentar no Festival de Edimburgo. Com forma circense, que o grupo domina muito bem, “Sardanapalo” é mais uma versão de um texto que Hugo Possolo começou a escrever já faz tempo. E é preciso admitir que tudo o que o grupo faz no palco é melhor do que o texto, que funciona mais sempre que a linguagem fica puramente circense. E cai quando, em termos de texto, tenta desenvolver a suposta “biografia” estranha e insensata de Alexandre, o Grande.

O título do espetáculo vem da idéia de se fazer Alexandre por acaso dar com uma suposta estátua de Sardanapalo, nome de um suposto último rei de Nínive, notório por ser efeminado e devasso. Durante a duvidosa parada diante do duvidoso rei, Alexandre passaria em revista sua vida, provocado por uma espécie de domador que vai forçando a passagem do tempo até revelar-se como a Morte. O fato de o texto não chegar a ser 100% satisfatório não quer dizer que ele não contenha piadas inteligentes e boa dose crítica assimiladas no caos aparente que é a própria essência da encenação.

Nada disso é importante porque é o alto nível de loucura de cada episódio que faz viver o espetáculo.

Hugo Possolo é responsável pelo texto, pela gostosa cenografia que cria o circo onde tudo se passa e pela direção. Naturalmente, como tudo isso era pouco, ele faz parte do elenco, junto com Raul Barreto (os dois são o único núcleo realmente permanente dos Parlapatões), Claudinei Brandão e Pedro Guilheme.

É natural que se pense apenas em palhaçadas quando se diz que atores usam recursos circenses, mas não é bem assim. Malabarismos, inclusive com facas voando de um lado para outro, também são parte do repertório. Com os figurinos de Adriana Vaz Ramos, os adereços de Fernando Leite, a música de Abel Rocha e Miguel Briamonte e a luz de Eliane Koseki, o circo toma vida, e Alexandre, o Grande — que no caso sempre prefere ser chamado de Alexandre, o Bom, apesar de toda a sua sanha conquistadora e de sua sanguinolência — passa por experiências que lhe devem fazer tremer, esteja ele agora onde esteja.

A energia e a capacidade cômica dos Parlapatões são imensas; a breve visita de Sardanapalo é uma ótima oportunidade para se tomar contato com essa insanidade tão divertida e objetiva.

SARDANAPALO Texto e direção: Hugo Possolo. Com Raul Barretto, Hugo Possolo, Claudinei Brandão e Pedro Guilherme.

A companhia paulista Parlapatões transforma o Sérgio Porto num misto de picadeiro de circo e palco de teatro de rua para apresentar seu espetáculo de humor rasgado.

17.8.02

CONVITE


No dia 19 de agosto, próxima segunda, a partir das 19:30 hs., artistas e
simpatizantes do circo estarão se reunindo no espaço dos Sátiros ( Praça Franklin Roosevelt , 214 - Consolação) para

o lançamento do sítio pindoramacircus.arq.br de Verônica Tamaoki.


A programação do encontro será a seguinte:

Das 19:30 às 20:30 hs - apresentação do sítio

Das 20:30 ás 21:30 hs - apresentação do livro Circo Nerino, ainda não
editado, pelos autores (Verônica Tamaoki e Roger Avanzi), Eduardo Rascov e
Ivan Cabral, e leituras de trechos do livro por Pascoal da Conceição,
Rodrigo Matheus, Alexandre Roit, Gabriel Guimard, Camilo, Alex Marinho, e a
sensacional dupla Juju e Fafá.

Das 21:30 às 22.30 hs. - Debate - Tema: memória do circo brasileiro, seu
resgate, preservação e divulgação.




16.8.02




NÃO PERCAM : DOMINGO É DIA DE TEATRO NO ATERRO

Programação do dia 18 DE AGOSTO do Teatro de Marionetes Carlos Werneck

MÁGICOS II MR. FOX

Mr. Fox é um veterano do Ilusionismo brasileiro. É campeão brasileiro do
Festival de Circo do Rio de Janeiro e vice-campeão europeu, entre 34
concorrentes, do Festival Europeu de Mágicos, realizado em Portugal.
Apresentou-se em Portugal, na Espanha, na França, na Itália, na Suíça, na
Áustria, na Bélgica, na Inglaterra e na Finlândia, entre outros países.
Enquanto morava na Espanha, participou da ¨Noite dos Mil Milagres¨, um
festival itinerante que, a cada ano, reúne oito campeões entre os novos
talentos da Mágica na Europa, fazendo-os circular em um grande show noturno
por mais de 60 cidades 14 países. Dono de um estilo clássico, tradicional,
mas detentor de um grande repertório de truques, é um dos ilusionistas mais
versáteis do país, sendo capaz de montar diferentes espetáculos,
adaptando-se a diferentes temáticas e situações. É conhecido por ter
participado de todos os especiais da apresentadora Xuxa, com mágicas que se
adaptam a situações que vão do dia das mães ao Natal. Costuma usar da
participação de crianças e adultos em seus shows, como forma de envolver a
platéia no espetáculo. Morou em diferentes países da Europa e é um dos
mágicos de maior experiência no Brasil, dominando todas as categorias
mágicas: do close-up às grandes ilusões.

E eu vou lá conferir. A Valéria Seabra convidou e eu vou levar o meu pessoal para assistir. Mr FOX tem um curriculo respeitável.

TEATRO DE MARIONETES CARLOS WERNECK
Aterro do Flamengo, altura do n.o 300 da Praia do Flamengo
LOTAÇÃO 300 LUGARES
PROGRAMAÇÃO GRATUITA
SEMPRE AOS DOMINGOS, SEMPRE ÀS 11H, SEMPRE GRÁTIS, COM SOL OU CHUVA.


24.7.02

Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de Belô

O grupo Close-Act, da Holanda abre, no dia 15 de agosto, com o monumental espetáculo de rua "Malaya", a 6ª edição do Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de Belo Horizonte. Promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte - Secretaria Municipal de Cultura e Associação Movimento Teatro de Grupo de Minas Gerais (MTG), o Festival acontece no período de 15 a 25 de agosto e conta com o patrocínio do Banco Itaú/Bemge e apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Além de Belo Horizonte, a programação do Festival se estende também à cidade de Vespasiano, na Grande BH, onde serão encenados um espetáculo de rua e um de palco, ambos gratuitos.
A cerimônia oficial de abertura do FIT-BH/2002 será no dia 14, às 19h, apenas para autoridades e convidados. Em seguida, às 22h, começa a funcionar o Estação em Movimento - Ponto de Encontro do Festival, com bar, shows e intervenções, até às 4h.
A programação de espetáculos começa no dia 15, às 20h, na Praça Sete, com concentração e apresentação dos grupos Guarda de Congo Feminina e Guarda de Congo de Moçambique, Trovão das Minas, Tambor Mineiro, Bloco Miguilim e Bloco Tambolelê (Belo Horizonte), Boi da Manta (Lagoa Santa), Boi de Reis (São Francisco) e Batuque de d. Maria (São Romão).
Às 21h, esses grupos saem em cortejo conduzido por dois integrantes do grupo Close-Act (emissários de Malaya), sobre pernas de pau, em direção à Praça Rui Barbosa (Praça da Estação). Lá, serão recebidos pelo restante do elenco holandês que, às 21h15 inicia a encenação de "Malaya".
Como nos anos anteriores, o Festival mantém como critério norteador para a escolha dos grupos, a qualidade dos trabalhos aliada à diversidade de origens, linguagens, estéticas e gêneros.

Palco e Rua
O evento vai contar com a participação de um total de 18 grupos, que apresentarão 12 espetáculos de palco e seis de rua. Os nove grupos estrangeiros vêm de sete países: Holanda, Espanha (dois), Argentina (dois), Rússia, Estados Unidos, França e Polônia. Do Brasil, participam cinco grupos (dois do Rio de Janeiro, dois de São Paulo e um do Rio Grande do Sul), além de quatro grupos locais.
Os nove espetáculos internacionais são: "Aux Pieds de la Lettre" (Cie. Dos à deux/França); "Dirty Fred" (Fred Roellig/EUA); "Femina" (Teatr Cogitatur/Polônia); "Gala" (grupo Gala de Buenos Aires/Argentina); "Jurujujaja: el Desastre Continua" (Nanny Cogorno/Argentina); "Madame et Monsieur" (Cia. Leandre-Claire/Espanha); "Rock & Clown" (Producciones Yllana/Espanha); "Malaya" (grupo Close-Act/Holanda) e "White Cabin" (Akhe - Russian Engineering Theatre/Rússia).
Os espetáculos nacionais são: "A Sua Melhor Companhia" (Cia. do Público/Rio de Janeiro); "Meu Destino é Pecar" (Cia. dos Atores/Rio de Janeiro); "Nossa Vida não Vale um Chevrolet" (Cemitério de Automóveis/São Paulo); "Deadly" (Cia. Circo Mínimo/São Paulo) e "O Pagador de Promessas" (Depósito de Teatro/Porto Alegre).
De Belo Horizonte, participam "O Homem da Cabeça de Papelão" (Grupo Trama de Teatro); "Perdoa-me por me Traíres" (Cia. Luna Lunera); "Sem Lugar" (Grupo 1º Ato) e "Urucubaca - Na Roda do Mundo" (Cia. SeráQuê?).
Uma das novidades do Festival nesta edição é o BH-FIT/Rua, uma série de atividades para discutir o teatro de rua e refletir sobre os motivos da sensível queda na produção de trabalhos desse gênero em Belo Horizonte. Constam da programação, além de palestras, a Mostra de Micropeças de Rua.
Reunidas em três blocos de três micropeças cada um - sendo cada bloco considerado uma apresentação - as encenações vão integrar a grade de espetáculos de rua. São elas:
Bloco I: "A Bolha de Sabão", de Daniel Furtado Simões; "As Alegres Meninas da Rua Quinze", de Myriam Campas de Faria e "Retrato na Janela", de Ana Caldas Lewinsohn.
Bloco II: "Corações Partidos ou Amor-em-pedaços", de Carloman Welliton Soares Bonfim; "Presente de Aniversário", de Cristiane Ferreira da Silva e "Círculo", de Luciene Magalhães Borges.
Bloco III: "Ai Meu Deus, me Dá um Trocadinho aí?", de Francisco Abreu Fernandes Alvarenga; "Esquina dos Aflitos", de José Ricardo Júnior e Luiz Carlos Garrocho e "Cânticos", de Cristiano Peixoto Gonçalves.
A proposta do evento é promover sempre o acesso do maior número possível de pessoas, das mais diferentes vertentes sociais aos espetáculos e eventos especiais. Nesta edição, estão programadas 89 apresentações dos 18 espetáculos e das nove micropeças de rua. Mais da metade das apresentações (47) é gratuita, apresentada em ruas, praças, feiras, mercados e até igrejas, nas nove regiões administrativas da cidade, além de duas apresentações na cidade de Vespasiano. E os preços dos ingressos para as 42 apresentações dos espetáculos pagos são acessíveis à maioria da população.

Histórico do FIT-BH
Desde 1994, quando foi criado, o FIT-BH vem alterando o cotidiano da cidade, que se transforma durante onze dias, num espaço de celebração e solidariedade, com o encontro de representantes dos mais diversos povos e culturas.
Nas cinco edições realizadas, o FIT-BH já recebeu 87 grupos nacionais e internacionais que trouxeram 108 espetáculos de 19 diferentes países (França, Itália, Suiça, Espanha, Polônia, China, Japão, Singapura, Togo, Colômbia, Cuba, Bolívia, Argentina, Chile, Uruguai, Suécia, Bélgica, Venezuela, Índia) promovendo encontros e trocas culturais significativos tanto para artistas quanto para o público.
Do Brasil, dez, dos 26 estados brasileiros, já estiveram representados no evento. Um total de 459 apresentações (250 de palco, 209 de rua) atingiram um público de aproximadamente 600 mil pessoas. Foi através do FIT-BH que muitas dessas pessoas tiveram seu primeiro contato com a arte de representar.

Eventos Especiais
Além dos espetáculos, o FIT-BH promove eventos especiais (programação à parte que será divulgada brevemente). Trata-se de uma proposta que procura socializar, através da reflexão sobre o fazer artístico, o conhecimento teórico-prático das artes cênicas, contribuindo assim para a formação dos profissionais que atuam nos setor. Neste ano, será criado também um espaço de encontro entre a tradição e a modernidade, possibilitando questionamento e reflexão sobre a cultura na sua mais ampla diversidade. Foram eleitas quatro frentes norteadoras:
Incentivo à arte de rua (Mostra de Micropeças de Rua e palestras);
Movimentos Urbanos (Mostra Movimentos Urbanos integrada por performances de teatro, música, vídeo, poesia, dança, artes plásticas e manifestações culturais populares tradicionais e contemporâneas como congado, maracatu, hip hop, break), no Estação em Movimento - Ponto de Encontro, no Parque Municipal. Para o local estão também programados shows musicais todas as noites;
Aperfeiçoamento: incentivo ao aperfeiçoamento e ao surgimento de novos profissionais, através da realização de cinco oficinas gratuitas: Os temas das oficinas são: "Arte e Educação", "Encontros do Corpo", "Do Batuque à Cena", "Lero Lero de Quioco" e "Maquiagem Teatral".
As inscrições ficam abertas até 26/07, somente através do endereço www.pbh.gov.br/cultura/fitbh, onde estão todas as informações necessárias.
Levantamento da memória do Teatro Mineiro: incentivo ao registro de nosso teatro, cuja memória é quase inexistente. Dessa proposta consta o lançamento do livro "Do Transitório ao Permanente - Teatro Francisco Nunes (1950-2000)", do professor e historiador Bernardo Novais da Mata Machado, que conta um período da história de nossas artes cênicas.
FIT-BH/2002

Teatro Francisco Nunes
Av. Afonso Pena, s/nº - Centro
Parque Municipal
Informações: 3277-4366
WWW.pbh.gov.br/cultura/fitbh

14.7.02





Google! DayPop! This is my blogchalk: Portuguese, Brazil, Rio de Janeiro, Vila Isabel, Ruth, Female!

6.7.02

Este blog esta em primeiro lugar aqui no TOP BLOG - os melhores blogs do Brasil.

E o Artimanhas, o blog pessoal desta escriba saiu aqui na coluna do Gravata no Caderno de Informatica de O Globo.

30.6.02

Curso e espetáculo de Mímica Corporal no LUME

Espetáculo de Mímica Corporal de Etienne Decroux: Mirrors
"Mirrors" é o resultado de quatro anos de pesquisa em Mímica Corporal. Em
uma montagem que abrange sequências de movimentos, textos de Lope deVega,
trechos do Livro do Apocalipse e de canções folclóricas brasileiras e
espanholas, é apresentada uma reflexão sobre a realidade das "Marias
Bíblicas", partindo do ponto de vista do imaginário da atriz.
Com um público de trinta pessoas sentadas em semicírculo no limite do espaço
cênico, com o palco vazio e uma iluminação discreta, a atmosfera íntima é
criada, convidando o público a uma viagem a um caminho de emoções secretas.
O espetáculo estreou em quatorze de abril de 2001 no Centro de Artes Cal
Poly, Pomona Downtown Center, Califórnia, e em agosto de 2001 fez parte do
"Catskill Festival for the New Theatre" em Nova York.

Selma Treviño, formada pelo Instituto de Artes Cênicas da Unicamp em 1992
(Campinas – SP), foi Pesquisadora-Assistente de Thomas Leabhart em Mímica
Corporal de Etienne Decroux, em Pomona College, Califórnia, de 1997 a 2001.
Sua formação em mímica corporal incluí igualmente aulas com Ivan Bacciochi e
Robert Bennet em Paris e com Luís Otávio Burnier no Brasil.

Data: 10 e 11 de agosto
Local: Sede do Lume (Barão Geraldo)
Horário: Sábado às 21:00 horas e Domingo às 21:00 horas


CURSO EM MÍMICA CORPORAL DE ETIENNE DECROUX COM SELMA TREVIÑO

A proposta do workshop é fazer uma introdução à técnica de mímica corporal
de Etienne Decroux, aplicada ao treinamento e criação do ator, segundo os
métodos de Thomas Leabhart. Cada sessão inclui aquecimento, aprendizado da
Técnica de Mímica Corporal improvisações e pesquisa do movimento.
O objetivo principal do curso é desenvolver a presença cênica do ator por
intermédio de um trabalho corporal consciente dos princípios básicos da
técnica de Mímica Corporal: mudanças de planos e níveis, oposições, pontos
fixos, equilíbrio precário, imobilidade dinâmica e torções.
O aquecimento consiste em uma sequência de exercícios desenvolvida por
Thomas Leabahrt baseada em Yoga, Técnica de Alexander, Pilates e
Feldenkrais.
A etapa de aprendizado da técnica de Mímica Corporal é voltada somente ao
aprendizado da técnica pura.
A última parte do curso é dedicada a improvisações e à pesquisa do
movimento. Ambas atividades oferecem aos participantes a oportunidade de
experimentar a utilização da técnica no processo criativo cênico.
Ao final, cada participante terá desenvolvido uma pequena cena que será
apresentada para convidados, como resultado do trabalho realizado durante o
workshop.
O workshop é aberto a todas as pessoas interessadas, com idade mínima de 18
anos, participação no máximo de 20 pessoas.

Período: de 12 a 18 de agosto (segunda a domingo) Carga Horária: 28 horas
Vagas: máximo 20 pessoas
Valor: R$150,00
Local: Sede do Lume

Informações e inscrições:
LUME - Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais COCEN - UNICAMP
Tele/Fax: (19) 3289 9869 - E-mail: lume@unicamp.br
Home-Page: www.unicamp.br/lume







HISTÓRIA DA TRAGÉDIA GREGA: UMA ABORDAGEM SOCIAL, POLÍTICA E FILOSÓFICA DO SURGIMENTO E DECADÊNCIA DO TEATRO GREGO

O professor, ator, diretor teatral e agitador cultural VIVALDO FRANCO, vai dar um curso de férias no Estação das Letras, de 29 de julho a 2 de agosto, com aulas de segunda a sexta, das 17 hs. às 19,30 hs. Imperdível para o público em geral, atores, estudantes de teatro, bailarinos, circenses, porque estudar esse período da história da humanidade é mais do que importante, é fundamental. O Vivaldo Franco, é um cara da maior responsa, com um curriculo respeitável na área.

O curso tem por objetivo traçar um amplo e abrangente painel sobre os fenômenos sociais, políticos, filosóficos e religiosos que engendraram e possibilitaram o surgimento da Tragédia Grega - gênero original do Teatro Universal - e as consequências deste fato para a sociedade grega e o mundo ocidental.

Vivaldo Franco é Bacharel em Artes Cênicas formado pela Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO), com pós-graduação em Teoria da Arte (UERJ) e extensão em Teatro Grego pela University de La Verne, Atenas, Grécia. Estudou Teatro Grego com o Professor Junito Brandão e História do Teatro com a crítica teatral Barbara Heliodora.

ESTAÇÃO DA LETRAS - RUA DO CATETE, 228/318, TEL.: 2285 7224
PERÍODO : DE 29/07 À 02/08 (SEGUNDA À SEXTA) DAS 17:00 ÀS 19:30 HS.
INVESTIMENTO: R$ 120,00

Programa do Curso: PARTE I: INTRODUÇÃO
Esta introdução tem por finalidade contextualizar e informar o aluno sobre algumas das formas de Dramas Ritualísticos que antecederam o surgimento do Teatro Grego de forma que este possa ter elementos de comparação que o ajudem a entender a importância deste gênero completamente original: a Tragédia Grega.
- A IDADE DA MAGIA (NATURALISMO - PERÍODO PALEOLÍTICO)
- ANIMISMO (SIMBOLISMO - PERÍODO NEOLÍTICO)
- ARTE SAGRADA X ARTE PROFANA
- A ÉPOCA HOMÉRICA E A EPÓCA HERÓICA
- O PERÍODO ARCAICO GREGO (SECs. VII e VI a.C.)
- A ARISTOCRACIA E A TIRANIA
- O TEATRO LITÚRGICO GREGO (MISTÉRIOS DE ELÊUSIS)
- O CULTO A DIONISO: OS DITIRAMBOS E OS DRAMAS SATÍRICOS

PARTE II: O SÉCULO V
- O HOMEM TRÁGICO
- A GUERRA CONTRA OS PERSAS
- A DEMOCRACIA ATENIENSE
- APOLO X DIONISO; LOGOS X EROS
- MATRIARCADO X PATRIARCADO; DEUSES NOVOS X DEUSES ANTIGOS
- O GNÓTHI SAUTÓN (CONHECE-TE A TI MESMO)
- ÉSQUILO (ANÁLISE DE A ORESTIA)
- SÓFLOCLES ( ANÁLISE DE ÉDIPO)
- EURÍPEDES (ANÁLISE DE MEDÉIA)
- DEUS EX MACHINE: A "DECADÊNCIA" DA TRAGÉDIA

PARTE III: OS ELEMENTOS DA TRAGÉDIA
- A ORIGEM DOS DEUSES (TEOGONIA)
- O HERÓI TRÁGICO E OS MITOS
- VISÃO TRÁGICA DO MUNDO, CONFLITO TRÁGICO, SITUAÇÃO TRÁGICA
- A CATARSE
- O TEATRO DE DIONISO
- FIGURINOS E CENÁRIOS
- A FUNÇÃO DOS ATORES E A ESTRUTURA DO CORO
- OS GRANDES CONCURSOS DE TRAGÉDIAS
- FOTOS, SLIDES, TRANSPARÊNCIAS E VÍDEOS DAS RUÍNAS GREGAS: TEATROS, TEMPLOS, MONUMENTOS E ESTÁTUAS







Tem Cabaçal chegando na Broadway!!!!!

A Cia. Vatá, de Fortaleza, está viajando para Nova York, na próxima quinta feira, para apresentações no II NEw York Tap City Festival, no Teatro 42th, que vai acontecer na capital americana de 6 a 14 de julho. Esta é a segunda vez que a companhia é convidada para participar. A primeira, foi em 1999, no Teatro La Mama. Além da apresentação do espetáculo, a diretora da Vatá, a VAL PINHEIRO, vai ministrar um workshop de cinco dias, com os ritmos brasileiros. Com a palavra, a diretora e fundadora da Cia. Vatá do Ceará:

-- Dessa vez estarei levando minha Cia. Vatá, récem formada, com sapateadores que estão no mercado comigo há pouco mais de um ano, mas que com a experiência de Bagaceira nosso último trabalho que já teve oportunidade
de circular por alguns dos principais Teatros do Nordeste , além de
uma outra temporada no Teatro Dragão do Mar em Fortaleza, e teatros do sul e centro-sul. Fizemos o que estamos fazendo em studio há alguns
meses: "Teatro de Pesquisa" e tal, que só nos aumenta e muito a
experiência e recursos pra buscar cada vez mais o nosso corpo híbrido,
o que mais me atrai pra continuar pesquisando e estudando em
nossos corpos essa possibilidade, onde o sapateado seja ferramenta e não
ponto final de um trabalho.

Vou ministrar aulas em cima de dois ritmos especiais, e que venho pesquisando
e trabalhando nesses últimos dois anos, o CABAÇAL,ritmo típico do sertão
cearense onde Mestres de Reisado de congo e de careta vêm cada vez mais
divulgando e aproximando da população em geral
e E O MARACATU, nesse último levarei duas levadas, o Maracatu cearense que é feito em baque simples e o Maracatu pernambucano que caracteristicamente é feito em baque virado.

Tenho certeza que os amigos novaiorquinos que vierem a fazer o meu workshop irão adorar o entusiasmo que esses dois ritmos provocam em nosso corpo e alma. É... amigos, acho que de uma forma ou de outra nós brasileiros vamos abrindo portas pro nosso trabalho lá fora em terras estrangeiras e isso, no meu ponto de vista, só nos une ainda mais pra uma conquista de uma política que nos
coloque de vez no mercado cultural brasileiro, é a nossa união que falará
mais alto e nos colocará num patamar que hoje está a Dança Contemporânea
Brasileira por exemplo que cada vez mais diminui fronteiras e aproxima
continentes.

Acredito que é na cultura de nosso País que está a chave de nossas
conquistas, e assim vou estudando cada vez mais essa cartografia de tradições
que me surpreende a toda hora. E viva a tradição cultural brasileira que tem
sempre o novo a oferecer!
.


25.6.02

O ator transparente

Ainda restam algumas vagas para o curso da JULIANA JARDIM atriz e pesquisadora paulista, mestre em interpretação pela USP com a pesquisa O ator transparente, co-autora do livro Prática do ator no Brasil lançado pela Editora Ucitec., atriz de Madrugada, Esperando Godot, Oração, É o fim do mundo, Pericles , entre outros trabalhos. Juliana veio ao Rio para ministrar um curso para atores e estudantes de teatro: o ator transparente.

O curso tem a duração de quatro mêses, com aulas todas as quintas-feiras das 9,30 hs. às 12,30 hs, e consta de treinamento com as máscaras do Bufão e do Palhaço. Os estados das duas máscaras permitem ao ator buscar a sua essência cômica sob variados aspectos -- da parodia, pela via do grotesco, à simplicidade e magnitude da graça ingênua. O curso utiliza técnicas de abordagem de histórias de vida e da escrita total.

Local: UNIRIO - Escola de Teatro, Av Pasteur 436 fundos Sala 201
Horário: às quintas das 9,30hs. às 12,30hs.
Inscrições no local pela manhã às 9,30hs de quinta-feira ou pelo fax 2252-6329 ou
jujardim@uol.com.br (enviar carta de interesse e curriculo resumido)
25 vagas - setenta reais por mês. (Restam pouquíssimas vagas).

PS. -- Esta escriba teve o privilégio de assistir o monologo Madrugada no final de janeiro que ficou em cartaz de 24 a 27 de janeiro no Sergio Porto, dentro do projeto Via Dutra - teatro de São Paulo no Humaitá que trouxe ao Rio quatro trabalhos. Inclusive o do Grupo Lume que eu comentei aqui neste blog.

O trabalho da Juliana Jardim em Madrugada me impressionou profundamente não só pelo seu talento de atriz, mas pela alta qualidade interpretativa. E fiquei o tempo todo pensando em quais técnicas de interpretação e métodos de uso corporal teriam sido utilizados para tal resultado. No final, fui à cata de um programa do espetáculo para fazer um comentário do trabalho aqui no blog. Não tinha programa. E o mínimo que eu conseguí foi saber que o trabalho da atriz era o resultado de uma tese de mestrado. Daí, eu arrefecí o meu ânimo, fiz vários ensaios, mas acabei não fazendo o devido comentário. Um tremendo vacilo.
Um contador de histórias, simplesmente.

SOTIGUI KOUYATÉ surpreendeu, na sua aula-espetáculo, domingo, no Teatro Carlos Gomes, aqueles que esperavam uma aula de Shakespeare, (Barbara lhe adora e não poupa elogios ao Prospero de A Tempestade ) ou sobre o método de Brook, ou ainda da sua brilhante carreira como ator. No cinema trabalhou com Bertolucci, entre outros importantes diretores, tendo sido premiado em Cannes. Ainda diretor (Antigona de Sofocles) cantor, compositor (trilhas sonoras de vários filmes), coreografo,cenografo e dramaturgo. Não bastasse isso tudo, trabalha com Peter Brook há mais de vinte anos, atuando nas suas principais peças e filmes.

Durante quasi duas horas, sentado no palco do Carlos Gomes -- ladeado por duas belas mulheres atuantes na área cultural do Rio: ANGELA PECEGO coordenadora artística da RIOARTE e da bailarina, coregrafa e atriz CARMEN LUZ -- falou simplesmente da tradições africanas, e da importância fundamental da civilização africana para o mundo hoje. "No Brasil, me sinto em casa, eu sou brasileiro, a cultura nos aproxima".

A sua explanação foi entremeada por dois vídeos, um deles sobre alguns trabalhos com Brook, e o outro uma belíssima cerimonia religiosa quando os mortos dos seus antepassados - os griots Kouyaté - são lembrados e reverenciados. É uma cerimonia belíssima com cantos e danças, e a medida que vão sendo mostrados fica evidente as similitudes culturais. No final, contou três três contos de gênio.

SOTIGUI deu uma aula de simplicidade e de sabedoria. Simplesmente isso. E fiquei com duas frases que eu gravei na memória: Cada dia descobrir o melhor de si mesmo no encontro com os outros e a outra, O mais difícil neste mundo é o conhecimento de si mesmo.

22.6.02

Kafka puro -- batalha do ingresso para a aula-espetáculo no Teatro Carlos Gomes

Hoje, assim que acordei às onze e tantas da manhã começa a operação telefonema. E o telefone da bilheteria do Carlos Gomes, 2232-8701 chama, chama e ninguém atende. Tomo o café da manhã, e volto. Nada. Lá pelas tantas depois dos trocentos telefonemas, e o telefone dando sempre ocupado, afinal uma voz avisa que o telefone mudou para 2220-0250. Insisito e não desisto. Depois de outros trocentos telefonemas, e direto aquele barulhinho irritante de
ocupado, e já passando de uma hora da tarde, enfim atendeu um rapaz que informou laconicamente: só a partir das 14hs. tá Senhora? Tá. O que posso fazer? Já estava arrependida de não ter acreditado na informação de ontem, e ter acordado cedo e ido pra lá às 10 hs. da manhã.

Dei um tempo, e fui abrir a mail-box e lá estava um convite da RIOARTE repassado ao Forum de Teatro pelo Mariozinho Telles, dizendo que os ingressos para o Master Class já estavam á venda e o telefone de contato era o fatídico 2232-8701.
Outro e-mail da Super Maria - minha amiga Maria Pompeu, gentilmente, avisando da aula-espetáculo. Ela não lê o meu blog, a danadinha. Se tivesse lido, não perderia o seu precioso tempo, mandando esta informação.

Depois disso volto ao telefone que continuava na mesma -- ocupado. E lá pelas tantas já passavam das 14hs, atende uma voz gravada com a seguinte informação: Este telefone, temporàrtiamente não está recebendo chamadas. Estamos providenciando o reparo. Por favor, tente mais tarde.Caramba. Já conhecia esta informação, é a mesma gravação do sabado passado, quando eu tentava a informação da venda de ingressos na segunda-feira.

Parei a operação telefone e fui me preparar para ir acampar lá em frente à bilheteria até conseguir comprar o meu ingresso. Antes de sair de casa, às 15,30hs. resolvi fazer uma última tentativa. E não é que desta vez atendeu uma voz feminina, ao vivo, e confirmou que estariam á venda hoje até às 18hs. Nem acreditei no que ouví. Nova ligação, desta vez para pegar o nome da bilheteira. Ocupado, ocupado, outra voz feminina confirma as informações. Agradeço e mando a clássica pergunta: Com quem eu falei ? -- Com Nina.

Em menos de meia hora, eu estava estacionando em frente ao Carlos Gomes e antes de eu descer do carro, um simpático senhor de cabelos grisalhos se aproxima e pergunta discretamente : tem algum ingresso sobrando?. Arrisquei perguntar se ele sabia se ainda teria ingressos para a aula-espetáculo, e um para hoje á noite, porque eu queria assistir novamente o espetáculo. Ele nem respondeu, foi se afastando e um outro se aproximou, e começou a me mandar estacionar, e daí veio outro grandalhão nervoso, estaciona ali, estaciona ali na frente do outro. Um clima pesado e estranho.

Enfim, a batalha estava chegando ao seu final. Consegui comprar os ingresssos. E ao me retirar perguntei à bilheteira, se ela era a Nina. Não era. E adivinhem quem estava ali ao vivo na minha frente : Dona Fátima. Relatei a ela os acontecimentos todos, e ela falou simplesmente que isto se devia a pessoas que não eram da bilheteria, não saberem informar. Mencionei o rapaz de ontem, o Leonardo, que foi confirmar com ela e voltou com a informação fornecida por ela mesma. Daí ela disse que ele era o guarda de lá. Portanto, na categoria dos que não sabem informar.

Foi uma conversa muito aflitiva, porque ela falava muito baixo e eu não ouvia direito o que ela respondia, e a todo o momento eu tentava enfiar a cara ou encostar o ouvido naquele buraco redondo da bilheteria para ouvir melhor. Dona Fátima foi educada, mas as suas explicações foram muito evasivas. Desistí de entender. Mesmo porque já tinham três pessoas atrás de mim, e um rapaz aflitíssimo, querendo ingresso pra hoje. Agradecí e saí portando o precioso troféu: os dois ingressos para amanhã às 11hs. na Master Class do Sotigui Kouyaté.

150 reais, o preço do ingresso para assistir o último dia do Hamlet de Peter
Brook


Eu disse cento e cincoenta reais, o preço que está sendo cobrado pelos cambistas, hoje. E eles estão com pouquíssimos ingressos á venda, por isso estão a postos lá na frente do Carlos Gomes desde cedo. Bem que eu estranhei a pergunta daquele senhor. O normal seria ele oferecer o ingresso e não o contrário. Que os deuses do teatro tenham compaixão dos pobres mortais que não conseguiram comprar o seu ingresso ao prêço normal de 15 reais.
Aula-espetáculo de SOTIGUI KOUYATÉ, do elenco do Hamlet de Peter Brook.

Começou outra batalha por ingresso no Teatro Carlos Gomes. Desta vez para a aula-espetáculo, no domingo, às 11hs, de Sotigui Kouyaté -- o ator que faz o Polonio e o segundo coveiro e que trabalha há mais de vinte anos com Peter Brook. Sotigui, natural de Mali na Africa Ocidental, além de ator, autor,compositor,cantor e dramaturgo -- Barbara lhe adora, foi lembrado com destaque ontem na crítica de Hamlet, o magistral Próspero na Tempestade de Brook em Paris -- é também contador de histórias e pertence a uma tradicional familia de Griots.

Ele já deu uma oficina de quatro dias que acabou hoje. Eu fiquei numa fila de espera para essa oficina, mas não rolou. Hoje, ficamos sabendo pela reportagem de O GLOBO, que haveria essa aula-espetáculo no domingo. Uma amiga telefonou para o Carlos Gomes e disseram que os ingressos a dez reais, estariam á venda na bilheteria no mesmo dia do evento, domingo, a partir das 10hs. Ela me telefonou, sabendo da minha vocação para enfrentar filas, pedindo que comprasse para ela, o seu ingresso.

Ressabiada, telefonei para confirmar, e disseram que era amanhã, sábado, a partir das dez horas, a venda para domingo. Mencionei a informação que fora dada à minha amiga, e o rapaz que me atendeu, solícito foi confirmar e volta dizendo que a bilheteira Dona Fátima (assim mesmo, Dona Fatima, ele falou) confirmara a informação de sábado a partir das 10hs., dizendo que estariam á venda também no domingo, a partir das 10 hs. Algumas horas depois, telefonei para confirmar quantos ingressos seriam vendidos por pessoa. Atenderam da recepção (a bilheteria já estava fechada), e o rapaz muito educado e atencioso que se identificou como Juanildo informa que a bilheteria, amanhã, (sábado) abria às 14 hs. Repeti para ele as informações anteriores, e ele falou que até ontem não tinha conhecimento do evento de domingo, e não sabia informar desse horário extra da bilheteria. Sugeriu que eu telefonasse manhã a partir de nove horas, quando os funcionários da bilheteria já estariam a postos, e deveriam saber informar. Voilà.

"Historinha" do Hamlet contada por Peter Brook

Meninos, eu vi. Eu vi ontem, na estréia, o Hamlet de Shakespeare contado por Peter Brook. Foi lindo e emocionante. Um presente raro. O espetáculo é de uma simplicidade de criança brincando de fazer teatro, mas com o requinte e a competência da direção de um dos maiores ícones do teatro moderno. Ele mostra como Shakespeare é fácil e divertido, e não é nenhuma novidade que ele possa tirar boas gargalhadas da platéia. No final, os atores voltaram à cena várias vezes para agradecer os aplausos do público que superlotou o Teatro Carlos Gomes.

William Nadylam, o ator que faz o Hamlet é simplesmente inesquecível. Após o espetáculo houve um concorrido coquetel para convidados, no mezanino do Carlos Gomes, quando eu tive a honra de conversar e trocar idéias com Nadylam. Fui eleita a interprete oficial da gALLera para os cumprimentos, beijos, abraços, e todos os afagos ao William Nadylam. Saí de lá mais duas e meia da madruga, e a festa continuava no auge.
Bouffonneries à cause d' Hamlet do Peter Brook - ou 5 hs. na fila do Tetro Carlos Gomes

I. Saí de casa antes do meio dia, mas peguei um transito brabo do final do jôgo. Entrei na rua do Carlos Gomes, e já tinha uma fila respeitável. Estacionei o Abelardo ali mesmo, e fui pra fila às 12,40hs. E nisso, atrás estacionam vários outros. De repente, sumiram os carros, e só dava o Abelardo estacionado e um caminhão descarregando material lá na frente. E nisso vêm passando alguns PMS apressados, e eu naquela saí da fila e tratei de ir tirar o carro dali, e com o apoio da galera da fila em coro:" Vai, vai estacionar que guardamos o lugar". Saí batida, faltavam vinte minutos para abrir a bilheteria. Rápida pesquisa nas cercanias e descobri por pura sorte uma garagem que não precisava deixar a chave do carro.


II. Às 13,30 hs., antes de abrir a bilheteria, um simpático e educado jovem percorria a fila fazendo anotações. Pensei que fosse um jornalista, mas quando chegou perto soube que ele estava anotando os nomes das pessoas, e a ordem numérica da fila. Fui o número 68. Como seriam vendidos dois ingressos por pessoa, e corria o boato que tinha só uns duzentos, o meu estava garantido. Logo depois disso, vêm mais cinco ou seis PMS novamente correndo em direção aos lados do BNH, e comenta-se na fila que estava havendo uma confusão ali perto na Petrobras por causa da greve dos funcionários.


III. Mais ou menos às 14,30 hs. abriu a bilheteria, e a fila começou a andar. Nesse momento, entrou em cena um guarda da PM que interrompeu a fila, e abriu uma clareira em frente à calçada da Relojoaria Tupy. Eu fiquei na ponta da fila em frente a uma papelaria, parada até a ordem do PM que liberava de três em três para a outra ponta da fila. E, de repente, eu ví sair de dentro da Relojoaria Tupy uma senhora de cabelos brancos, muito elegante na sua blusa de renda branca e saia preta longa, carregando uma cadeira para sentar na calçada com toda a pompa e circunstância, e ficar observando como uma rainha sentada no seu trono, o movimento da fila. O pessoal lá do final da fila, vendo aquela movimentação, achou que tinham acabado os ingressos. Aí o PM explicava que estava atendendo o pedido da dona da Relojoaria Tupy para a fila não parar em frente à loja, atrapalhando os clientes. Quando ele chegou perto lí a sua identificação: VIEIRA. Um personagem importantíssimo no desenrolar das cenas seguintes: o Guarda Vieira.


IV. A fila parou de andar, passando alguns minutos das 15 hs. e a galera começou a se impacientar. Uma atriz atrás de mim, diz para o Guarda Vieira que passava naquele momento: " Olha aí Seu Guarda, daqui a pouco esse povo vai ficar agressivo". Ao que ele responde provocador: "A Polícia também pode ficar agressiva". Foi a deixa para esta escriba retrucar: "O papel da Polícia é o de conter a agressividade e não ser agressiva". Dei esse texto, olhando dentro do ôlho dele, que me olhou fundo, não falou nada, mas a sua expressão corporal deu o texto: "Mandei mal, não?". A atriz, esperta, sugere a ele procurar alguém da produção para vir dar uma satisfação para o povo. Ele concordou prontamente, e somem os dois. Volta a atriz dizendo que dali a pouco viria alguém da produção dar explicações.


V. Às 15,30hs mais ou menos entra em cena, no alto das escadarias da porta principal, acompanhado do Guarda Vieira, agora portando uns óculos pretos estilo punk, alguém que se apresentou "Sou da produção do espetáculo", ( leia-se o diretor teatral Luiz Fernando Lobo ) e pede um pouco de paciência que o atraso se devia a mais de duzentos ingressos que estão vindo on-line, da RIOARTE. A pergunta estava no ar: como a RIOARTE anuncia pela imprensa, e na segunda-feira ainda não estão disponíveis todos os ingressos na bilheteria. Um distinto senhor de cabelos brancos, atrás de nós, comentava: É normal isso, hoje é tudo via Internet. Nessa hora, eu avistei lá em cima nas escadarias, o cambista que me vendeu o ingresso na quinta-feira passada. Após as explicações da "produção do espetáculo", ele desce as escadas e vem conversar com mais cinco sorridentes colegas cuja expressão corporal dos pés à cabeça mostrava uma alegria e felicidade inusitadas, constrastando com a nossa, numa fila há quasi quatro horas, e aquelas alturas, cansados, caidos e angustiados .


VI. Quasi às 16 hs. a fila começa a andar. Gritos de alegria e aplausos, mas durou pouco essa euforia, dali há uns 15 minutos, a fila parou. Tinham acabado os ingressos, diziam alguns que no número 29, outros, que no número 45. Desta vez eu ja estava em frente ao T. C. Gomes. A estas alturas, a galera estava mais do que impaciente. E o pessoal que estava na fila lá atrás começa a vir pra frente do teatro, foi quando veio um pessoal lá da Angel e uma menina começa a fazer uns movimentos estranhos com o corpo, e a leitura corporal foi ficando clara: ela expressava com o corpo o seu descontentamento. E pela segunda vez, passeia pela fila uma simpática senhora dizendo baixinho: se não quiser ficar na fila eu tenho ingressos prá vender.


VII. Mais ou menos 16,30 hs, volta à cena o Guarda Vieira, acompanhado da "produção do espetáculo" que desta vez dava outra versão para os fatos: está havendo um problema técnico, e só quem pode resolver é um ator de Peter Brook que está chegando de São Paulo para liberar uma parte da platéia -- as três primeiras filas para vendermos ao público. Mandou mal. A galera começa a cobrar a informação anterior sobre os duzentos ingressos que estariam chegando on-line e os ânimos se exaltaram. E o Guarda Vieira, levanta os braços e faz gestos pedindo calma. Aquele distinto senhor agora mudando de idéia, diz: É tudo 171. A partir daí, as filas praticamente inexistiam, e muitos debandavam. Outros cansados, com fome, sentados nas escadarias, (nunca comi com tanto gôsto aqueles biscoitos de polvilho Globo) acompanhado de uma Coca-Cola que uma amiga trouxe do bar em frente, onde uma menina faminta, ousou comer um pastel.


VIII - Às 17hs. o caos era completo,e o pessoal das filas de trás vinha pra frente, eesta vez ,furando a fila, e corriam boatos os mais inusitados, desde que os ingressos tinham acabado até outros bem malucos. Alguém gritava nas escadarias em frente à bilheteria (as duas bilheteiras estavam sumidas): Chamem o Vieira para ligar para RIOARTE. Cadê o Vieira?. A estas alturas até o Guarda Vieira também tinha sumido. Alguém sugeriu ligar para a imprensa e eu consegui com um amigo, o telefone da Geral de OGlobo, e uma atriz amiga nossa foi ligar, mas não conseguiu, estava sempre ocupado. E nessa hora, eu agradecia aos deuses do teatro pelo ingresso comprado com o cambista. E teve até um amigo meu querendo saber se eu tinha o telefone desse cambista, porque ele não estava aguentando mais ficar na fila.


IX - Passando uns dez minutos das 17 hs. aparece novamente nas escadarias , "a produção do espetáculo", e desta vez o Guarda Vieira estava ausente da cena. E a explição era nestes termos Não é culpa da RIOARTE, não é culpa do Teatro Carlos Gomes. A culpa é da produção do Peter Brook. Estamos entrando em contato com eles para liberar a venda de ingressos para o ensaio geral da quarta-feira.Como das outras vezes, ele não sabia responder quando perguntado, a que horas voltariam a venda dos ingressos. Foi interrompido nas suas explicações, por alguém que gritou um sonoro palavrão, e outros começaram a gritar, pedindo uma senha para voltarmos no outro dia. A solução mais sensata, e mais uma vez "a produção do espetáculo" faz ouvidos de mercador. Vaias seguidas de outros palavrões, ao que a "produção do espetáculo" revida ameaçando fechar o teatro. Para quê? Se ele não sai de cena rápido, a sua integridade física correria altos perigos. Nesse momento, entraram em cena seis PMs nada amistosos, e ficaram ali no saguão, á espreita. E o Guarda Vieira? Era a pergunta que estava no ar. A estas alturas, em movimento contínuo passava pela frente do Carlos Gomes, aqueles que cansados e desesperançados desistiram da empreitada.


X - Às 17,20hs. as bilheteiras já podiam ser vistas na bilheteria, e a galera que estava deitada ou sentada nas escadarias corre para os seus respectivos lugares na fila, e recomeçam a venda dos ingressos. Uma ligeira confusão, logo desfeita porque os ingressos eram vendidos pela ordem numérica e pelo nome com a apresentação da carteira de identidade. E às 17,35 hs eu estava na posse dos meus dois ingressos.


PS. - Soube hoje (terça-feira) na aula da Angel que os cambistas estavam oferecendo ingressos a sessenta reais, no barato, quando acabaram as vendas na bilheteria, e ameaçando cobrar cem reais na estréia, e que houve um tumulto as sete horas da noite. O povo que não conseguiu comprar ingresso, queria derrubar as portas do Carlos Gomes, e que a PM conseguiu controlar a situação.