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21.12.06

Foto inédita na internet.
(*23/08/1912 +21/12/1980)
Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico.

Comecei a ser Nelson aos 7 anos. A professora pediu para fazer uma história de imaginação e eu escrevi um adultério massante, em que a mulher era esquartejada no final. Era o meu primeiro A Vida Como Ela é.


ANTI-NELSON RODRIGUES, de Nelson Rodrigues
Essa foto do Nelson menino, é raríssima, eu fotografei diretamente da capa do programa da primeira montagem (em 1974) da peça Anti-Nelson Rodrigues, estreiada no antigo Teatro Nacional de Comédia (atual Glauce Rocha), com direção e atuação do Paulo César Peréio, tinha também no elenco, Neila Tavares, José Wilker, Carlos Gregorio, o Nelson Dantas, Iara Jati e Sonia Oiticica. E, esta blogueira, na assesoria de imprensa e na promoção do espetáculo.
Ele escreveu esse texto (uma peça romântica, daí o título Anti-Nelson), a pedido da Neila Tavares, depois ficar sem escrever por mais de dez anos. E, acreditem, o maior autor brasileiro de todos os tempos, pediu permissão ao diretor e elenco para assistir aos ensaios da peça. Assistiu a todos, e, pasmem, sem dar palpite em nada, condição imposta para a sua permanencia no recinto. E além disso, depois da estréia, ele assistia o espetáculo quasi que diariamente, quietinho, sentadinho num banquinho atrás do palco, na coxia. E quando ele não ia ao teatro, telefonava para saber como estava de público.
Nelson Rodrigues for ever!

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