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17.9.03

Os três paspalhos na Linha do Equador, esquina com o Rio Amazonas, número zero...

Vocês sabem onde fica esses confins do Brasil? Eu não sabia. Estou aprendendo muita coisa desse nosso Brazilzão, de sua realidade artistico-socio-cultural nos relatos do Márcio Libar que está viajando com o espetáculo-solo "O Pregoeiro" e ministrando oficinas. Os três paspalhos do título são o Márcio Libar, os seus dois assistentes nessa excursão, o Fabricio Dornelles (o Guma ou Fabrismo, representante do movimento ... (op's! é piada dos cara, hein) e o Reinaldo Facchini (o Jeca - cientista politico). Detalhes de todos os conteúdos (conteúdos é o que não pode faltar) aqui no blog diario do Mundo ao Contrário. Vão lá para aprender. Não resisto publicar alguns trechos:

***** Chegamos em MACAPÁ, cidade cortada pelo marco zero. A linha imaginária do equador divide o campo do estádio de futebol. É o único estádio do mundo onde no primeiro tempo você joga no verão e o segundo no inverno, ou vice versa. E pior que essa energia é bem concreta. Quem tá no hemisfério norte e liga a torneira de casa, o redemoinho de água roda no sentido anti-horário, já no sul roda no sentido horário. Não sei se é essa a sensação estranha que acontece quando a gente fica bem no meio da linha no marco zero ou se é coisa de viagem...
***** Isso sem falar na exuberância do Rio Amazonas que nos brindou com três noites de lua cheia seguidas. É isso mesmo, essa cidade que tem o seguinte endereço no mapa,
linha do equador, esquina com o Rio Amazonas, número zero, marco zero. Entenderam ou quer que desenhe?

***** Um fenômeno que ocorre todo dia no centro de Macapá. As andorinhas pousam nos postes quando a noite começa e ficam ali até o dia raiar. Ficamos achando que é um ponto de descanso na rota de imigração...o foda é passar embaixo e não tomar uma cagada...


"O Pregoeiro" na praça com direito à lua cheia e debate depois em mesa de bar

Santana é um município a 20 minutos de Macapá. Distância que no Rio poderia equivaler a um bairro do subúrbio. Embora seja mais pobre e menor, a realidade cultural é outra. São os artistas que estão ocupando os cargos importantes. (...)
Pra vocês terem um idéia no início do espetáculo não se via muita gente, mas logo dobrou da esquina um cortejo com palhaços e pernas de pau formados pelos artistas locais arrastando centenas de jovens que se misturaram a outros jovens, velhos, crianças, casais, skatistas formando uma roda absoluta e foi aí que o pregoeiro se consagrou mais uma vez, agora no seu habitat natural.

E assim o "Pregoeiro" se apresentou na praça cívica de Santana, sob a lua de lua cheia, para uma platéia de fortes traços indígenas. Foi ducaralho. E depois o debate foi feito numa mesa de bar, um dos únicos e o melhor debate da turnê, tal era o interesse da galera local em aprender e se reciclar.

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