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30.9.03

Sob o signo de Rogério Sganzerla

O maior tititi na porta de entrada do Odeon BR. Os que não tinham convite nem ingresso batalhando para entrar, e eu -- me achando -- adentrando pelo tapete vermelho, sendo recebida pelos recepcionistas e pelos amigos. No saguão, Rogério Sganzerla, dava entrevistas, recebia abraços e carinhos dos amigos. Ele está convalescendo de uma operação na cabeça para a retirada de um tumor. A grande maioria não sabia que ele estava doente e estava usando cadeira de rodas, e para alguns foi difícil segurar esse tipo de emoção. Antes do início da sessão, falando com certa dificuldade e microfonia vigente, ele fez a apresentação do filme. A platéia toda levantou e aplaudiu de pé, homeageando um dos maiores diretores da atualidade e que marcou definitivamente o cinema brasileiro.
O sub titulo anti-filme cai bem porque ele é anti tudo, detona geral, mas sem perder o bom humor, debocha do próprio cinema e dele mesmo. Tem umas sacações e piadas geniais, numa estética dos anos 40 e 50, com a marca do talento e a competência do Rogerio Sganzerla. Da minha participação, como sempre, não gostei. Muitas partes cortadas, claro. Mas as pessoas que vieram me cumprimentar pela minha participação parece que gostaram. E no final da sessão, os atores, as atrizes (Helena Ignês, Camila Pitanga, Jill Sganzerla, Giovana Gold e esta escriba) e equipe técnica foram chamados ao palco para as apresentações à imprensa e ao público. Foi um afago e tanto para o meu ego. Muita emoção para uma noite, e tanta, que eu nem quís ficar para assistir a outra sessão com o filme sobre o livro do Chico, o "Benjamin".

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