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5.4.03

Dialogo da dentadura debaixo com a dentadura de cima
Da lavra e autoria do ABSURDO MATUSALÉM MATUSCA.

Cheguei na idade em que nunca se sabe se estamos dormindo e tendo sonhos malucos ou acordados pensando maluquices, o que dá no mesmo.
Devia estar dormindo, de outra maneira elas não poderiam ficar com esse papo todo no copo.

Dentadura de cima: - Faz um tempão que não como carne.

Dentadura de baixo: - Nem eu!

De cima: - A gente podia parar de brigar, não?

De baixo: - É, vamos sair juntas outra vez?

De cima: - Vamos sim, dá um beijinho.

De baixo: - Na boca?


UPDATE: Qualquer semelhança com diálogos de alguma comédia de Qorpo Santo, não é mera coincidência. Estou sèriamente desconfiada que o nosso vizinho blogueiro, o Matusalém Matusca é o "cavalo" daquele gaúcho louco e genial que viveu no século dezenove, considerado o verdadeiro pai do teatro do absurdo.
Desconhecido no Brasil até o início do século vinte, quando surgiu o movimento de teatro da absurdo na Europa através de Alfred Jarry, Eugène Ionesco e Samuel Beckett, as peças de Qorpo Santo foram lidas na Semana de Arte Moderna em 1922, dando subsídios aos detratores da Semana. Depois disso, foi completamente esquecido até a década de sessenta, quando foi redescoberto pelo Professor Guilhermino César da UFRGS e pelo pesquisador Anibal Damasceno.

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